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Banco digital oferece a público LGBTI+ cartão pré-pago com nome social

Cartão de crédito pré-pago do Pride Bank - Divulgação
Cartão de crédito pré-pago do Pride Bank Imagem: Divulgação

Claudia Varella

Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/09/2020 04h00

Atendimento sem discriminação e com respeito à orientação sexual e identidade de gênero de seus correntistas. Esta é a promessa de um novo banco no mercado: o Pride Bank, um banco digital aberto a qualquer pessoa, mas com foco na comunidade LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros, entre outros).

Um dos diferenciais é que o correntista pode usar seu nome social impresso no cartão do Pride Bank. "Isso evita constrangimentos para transexuais e travestis", disse Márcio Orlandi Júnior, CEO da instituição financeira.

Os cartões de crédito são pré-pagos e têm bandeira Mastercard. Por ser pré-pago, o cartão é acessível àqueles que têm restrição no CPF.

O Pride Bank iniciou suas operações em novembro do ano passado apenas para convidados. Em agosto, expandiu para novos clientes, sem a necessidade de convite. O banco afirma ter cerca de 9.000 clientes.

Pacotes variam de R$ 9,99 a R$ 149,99

O banco digital tem conta corrente digital com serviços de transferências, TEDs, emissão de boletos, pagamentos de contas e impostos, entre outros. Os pacotes mensais variam de R$ 9,99 a R$ 39,99 (pessoa física) e de R$ 29,99 a R$ 149,99 (pessoa jurídica).

Orlandi Júnior diz que o banco deverá implantar em breve maquininha de pagamento, empréstimo pessoal e financiamentos.

Drag queen colocou seu nome fantasia no cartão

Drag queen Kaká Di Polly - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
A drag queen Kaká Di Polly é correntista do Pride Bank
Imagem: Arquivo pessoal

Correntista do Pride Bank, Carlos Alberto Policarpo, 60, que trabalha como drag queen há 43 anos, diz que escolheu colocar no cartão de crédito o seu nome fantasia: Kaká Di Polly.

"Eu me senti bem em saber que o meu nome fantasia está sendo respeitado e que eu posso usá-lo. Achei fantástico, fenomenal", declarou.

Banco reverte 5% da receita bruta a ONGs

O CEO do banco diz que o Pride Bank nasceu com propósito de devolver parte de sua renda à comunidade LGBTI+, por meio de ajuda financeira a ONGs, coletivos e iniciativas para este público.

Alexandre Simões, Maria Fuentes e Marcio Orlandi são sócios do Pride Bank - Paulo Neri/Divulgação - Paulo Neri/Divulgação
Alexandre Simões, Maria Fuentes e Marcio Orlandi são sócios do Pride Bank
Imagem: Paulo Neri/Divulgação

Para isso, ele e os sócios Alexandre Simões e Maria Fuentes criaram, junto com o banco digital, o Instituto Pride, por meio do qual os recursos (5% de receita bruta total do banco) são direcionados para ajudar projetos e instituições que atuam junto ao público LGBTI+. A receita vem dos pacotes contratados pelos clientes. O repasse mensal não foi revelado.

As entidades beneficiadas são Casa Arouchianos, Elas, EternamenteSOU e Família Stronger, todas em São Paulo.

Onde encontrar:

Pride Bank - www.pridebank.com.br