Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Tesouro Direto, fundos, ações: onde e quanto investir para ter R$ 1 milhão?
Na semana passada, eu mostrei quanto rende, atualmente, R$ 1 milhão em diferentes aplicações financeiras. Assim você conseguiria saber se o valor era suficiente para quem quisesse se aposentar.
Mas como chegar ao primeiro milhão? Quanto você precisaria investir por mês? Veja a resposta nesta coluna! Abaixo, você verá simulações de quanto você deveria investir por mês para chegar a R$ 1 milhão em diferentes tipos de aplicações: Tesouro Direto, ações e fundos imobiliários.
1. Tesouro Direto
Veja quanto você precisaria investir por mês para ter R$ 1 milhão.
Em 10 anos: R$ 6.904 por mês
Em 20 anos: R$ 2.824 por mês
Em 30 anos: R$ 1.523 por mês
Em 40 anos: R$ 915 por mês
Se escolher o título mais rentável do Tesouro Direto e quiser chegar ao primeiro milhão em dez anos, você vai precisar investir nada menos que R$ 6.904 por mês até lá. Aqui já estão descontados o Imposto de Renda e a inflação.
Então, vê-se que o Tesouro Direto não é uma opção legal para quem não tem muito a investir por mês e quer chegar rapidamente ao milhão.
Por outro lado, se o objetivo for de longuíssimo prazo, esse cenário começa a fazer sentido. Com apenas R$ 915 por mês é possível chegar ao milhão, se você puder manter esse investimento por 40 anos.
No caso desta simulação, foi usado o título "Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2055".
2. Ações com bom desempenho
Em 10 anos: R$ 3.579 por mês
Em 20 anos: R$ 645 por mês
Em 30 anos: R$ 136 por mês
Em 40 anos: R$ 30 por mês
Veja a diferença. Investindo metade do que você aplicaria em Tesouro Direto já é suficiente para você chegar ao milhão, se você conseguir escolher ações de boas empresas.
Neste caso eu usei como exemplo a Taesa (TAEE11), que apresentou um bom crescimento nos últimos dez anos. Desde 2011, o retorno ao investidor foi de 1.029%
Não estou dizendo que se você investir na Taesa terá esse mesmo resultado. Estou dando uma referência do que pode acontecer se você acertar de investir em empresas que venham a apresentar um crescimento bom.
3. Ações com desempenho excepcional
Em 10 anos: R$ 1.784 por mês
Em 20 anos: R$ 126 por mês
Em 30 anos: R$ 10 por mês
Em 40 anos: R$ 1 por mês
Se você tiver a sorte de investir em ações que venham a ter uma valorização fora de série, como foi o caso do Magazine Luiza (MGLU3), é possível chegar ao milhão em dez anos investindo menos de R$ 2.000 por mês.
Já imaginou em 2031 você com R$ 1 milhão na sua conta? Claro que isso não é garantido, nem de longe. Mas eu coloquei essa simulação aqui para você ter uma referência de um caso extremo.
4. Ações com mau desempenho
Em 10 anos: R$ 10.800 por mês
Em 20 anos: R$ 6.844 por mês
Em 30 anos: R$ 5.648 por mês
Em 40 anos: R$ 5.130 por mês
Também é importante conhecer o outro extremo. Investindo na Petrobras (PETR4), você precisaria aplicar mais de R$ 10 mil por mês para chegar ao milhão em dez anos.
Talvez você se pergunte: como assim? Em 120 meses, investindo R$ 10 mil mensais, eu chegaria a R$ 1,2 milhão, certo?
Não exatamente, porque aqui estamos descontando a inflação. As ações da Petrobras estão hoje com o preço praticamente igual ao de dez anos atrás. Então, se descontar a inflação, esse papel teve um rendimento real negativo.
Mas é importante você saber que, assim como pouca gente acerta uma Magazine Luiza desde o começo, também é pouco provável, se você diversificar a carteira, que todas as suas ações tenham prejuízo a longo prazo.
5. Fundos imobiliários
Em 10 anos: R$ 4.454 por mês
Em 20 anos: R$ 1.069 por mês
Em 30 anos: R$ 314 por mês
Em 40 anos: R$ 97 por mês
Finalmente, vamos falar de fundos de investimento imobiliário (FIIs). Veja como fica muito mais acessível para chegar ao milhão em 20 anos, em comparação com o Tesouro Direto. São cerca de R$ 1.000 por mês, considerando um fundo que hoje paga bons dividendos mensais.
No caso, foi usado na simulação o fundo Caixa Cedae (CXCE11B). Comprando uma cota desse FII, você está adquirindo uma fração de um edifício no Rio de Janeiro chamado Nova Cedae. Trata-se do prédio que hospeda a Cedae, Companhia Estadual de Água e Esgotos do Rio.
Esse fundo é gerido pela Caixa Econômica Federal e tem como inquilino a estatal fluminense. Por conta disso, é um ativo relativamente previsível, em comparação com outros FIIs, mas principalmente em comparação com ações.
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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