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Como investir com segurança para ir à Copa de 2026?

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Imagem: Reprodução / Internet

23/12/2022 04h00

Sabia que a forma mais segura de investir para ir à Copa de 2026 não se dá por meio das aplicações financeiras com as quais você está acostumado?

Não é o Tesouro Direto, nem CDB, LCI, Bolsa ou muito menos a poupança que vai lhe dar mais praticidade e previsibilidade nesse processo. Na coluna de hoje eu explico como investir para ir à próxima Copa. As orientações também servem planeja com antecedência qualquer viagem ao exterior.

O maior risco

O principal risco financeiro que você corre quando planeja uma viagem ao exterior é o câmbio, ou seja, a variação do preço da moeda do país aonde você vai.

Imagina que você planeje gastar US$ 10 mil com a viagem. Pela cotação atual, você teria que juntar R$ 50 mil em no máximo quatro anos. Aí você começa a colocar o seu dinheiro na poupança, em um CDB ou no Tesouro Direto. Talvez os valores cresçam até bastante em reais.

Mas e se, daqui a quatro anos, o dólar estiver cotado a R$ 8? Os R$ 50 mil que você juntou vão comprar apenas US$ 6.250. Basicamente, você vai ter que reduzir pela metade os seus gastos previstos com hospedagem e consumo no país de destino. Porque na passagem e nos ingressos vai ser mais difícil economizar.

Como mitigar esse risco

No lugar de colocar o dinheiro nas aplicações financeiras que você conhece, o melhor é investir na moeda do país destino.

Como a Copa de 2026 será dividida entre Estados Unidos, Canadá e México, o ideal (não o mais prático) seria primeiro escolher em qual país ocorrerão os jogos que você quer assistir e depois comprar, um pouco por mês, a moeda local.

Mas e se você for para dois ou três desses países? E se você ainda não decidiu em qual deles irá?

Por conta disso, o caminho mais prático é comprar dólar, que não apenas é a principal moeda do mundo, como também é a divisa oficial de um dos países-sede, os EUA.

A forma mais prática de investir para viajar

Talvez você esteja pensando, então, em todos os meses ir a uma casa de câmbio e comprar um pouco de dólares. Mas esse caminho, além de não ser prático, pode ser caro, pois a cada compra você paga uma tarifa.

A saída mais fácil é investir em uma modalidade chamada fundo cambial. Esse tipo de fundo acompanha a variação de moedas estrangeiras, como dólar e euro, e você pode encontrar em qualquer banco ou corretora.

Se você aplicar hoje R$ 50 mil em um fundo cambial focado em dólar, o valor do investimento, convertido para a moeda dos EUA, será de aproximadamente US$ 10 mil. Daqui a quatro anos, chova ou faça sol, você continuará tendo, aproximadamente, US$ 10 mil. Talvez um pouco mais, porque os fundos podem aplicar em títulos americanos, oferecendo um pequeno rendimento.

Colocar o dinheiro nesse tipo de investimento é tão fácil quanto em outros fundos em que você talvez já invista, como fundos de renda fixa ou multimercados. Se você tiver conta em mais de um banco, compare as taxas de administração e escolha o que cobrar menos.

Mas não é melhor abrir uma conta nos EUA?

Existe também a possibilidade de investir não na moeda americana diretamente, mas em títulos públicos emitidos pelo governo dos Estados Unidos. Para isso, é preciso ter uma conta em uma instituição financeira americana.

Hoje, existem empresas que ajudam brasileiros que a abrir conta nos EUA, como a Nomad e a Avenue. É possível que elas ajudem você a lidar com a burocracia de ter uma vida financeira no exterior, lhe atendendo em português.

Atente-se apenas às questões relacionadas aos impostos envolvidos. Em geral, esse tipo de empresa facilita muito a abertura de conta, mas acompanhar a declaração e o pagamento dos tributos de um dinheiro que circula por dois países dá um trabalho a mais.

A vantagem é que dessa forma você poderá escolher exatamente em quais ativos da economia americana aplicar o seu dinheiro. Em um fundo, são os gestores profissionais que fazem essa escolha.

Você ganhará os juros pagos pelos títulos públicos americanos, algo que você não terá se comprar dólar aqui no Brasil.

Agora é fazer as contas e começar a juntar o dinheiro

Uma vez que você já escolheu se vai colocar o dinheiro em fundos cambiais ou se vai abrir uma conta no exterior, basta pesquisar o preço das passagens, hotéis, ingressos e custo de vida no país de destino.

Lembre-se de que durante a Copa, os preços sobem muito nas cidades-sede.

Na sexta que vem (dia 30), vou trazer um levantamento de quanto é preciso juntar para ir à Copa de 2026, tanto para quem quer gastar o mínimo possível quanto para quem deseja mais conforto.

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