Sílvio Crespo

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Reportagem

Veja quanto investir para receber R$ 1.000 por mês com a nova taxa Selic

Depois que o Banco Central aumentou a taxa básica de juros, a Selic, para 11,25% ao ano, os investimentos de renda fixa passaram a render mais para novos aportes.

Veja quanto é preciso aplicar, hoje, para receber uma renda de R$ 1.000 por mês nas principais modalidades de baixo risco do Brasil.

Principais investimentos de renda fixa

Esse é o valor que você precisaria ter, na poupança, no Tesouro Direto e em um CDB para receber uma renda mensal de R$ 1.000.

  • Poupança: R$ 176.443
  • Tesouro Direto: R$ 133.362
  • CDB: R$ 123.997

Repare que existe uma diferença enorme entre a poupança e os demais investimentos comparados.

Enquanto na poupança é preciso ter R$ 176 mil para gerar R$ 1.000 por mês, pode-se obter essa mesma renda com R$ 43 mil a menos no Tesouro Direto ou com R$ 52 mil a menos em um CDB.

No caso, o título do Tesouro Direto considerado foi o Tesouro Selic 2029. Já para o CDB foi considerado um rendimento de 110% do CDI, que é uma boa taxa para títulos com liquidez diária.

Receber R$ 1.000 de forma vitalícia

Os dados acima mostram o rendimento nominal dos investimentos, ou seja, sem considerar a inflação.

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Se você fizer retiradas de R$ 1.000 por mês, o valor total aplicado não aumenta nem diminui, mas, com a inflação, ele vai perdendo poder de compra.

Por exemplo, se você aplicar R$ 176 mil na poupança e retirar R$ 1.000 todo mês, daqui a um ano você ainda terá R$ 176 mil aplicados, mas, com a inflação, esse montante terá um poder de compra um pouco menor.

Tal cálculo não serve, portanto, para quem quer manter o seu dinheiro aplicado de forma vitalícia, com o valor principal e as retiradas sendo sempre atualizados pela inflação.

Para ganhar R$ 1.000 por mês de forma vitalícia, é preciso ter os seguintes valores nas aplicações:

  • Poupança: R$ 419.111
  • Tesouro Direto: R$ 237.481
  • CDB 110%: R$ 209.411

Veja como o montante necessário é muito maior no caso da poupança. Sem considerar a inflação, é preciso ter R$ 176 mil para gerar uma renda de R$ 1.000, mas, se quisermos gerar R$ 1.000 e mais a correção inflacionária, é preciso ter R$ 419 mil, mais que o dobro.

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Já no caso do Tesouro e do CDB, o salto não é tão alto. No Tesouro, é preciso ter R$ 133 mil para a render R$ 1.000 sem considerar a inflação, ou de R$ 237 mil para ter os R$ 1.000 mais a correção.

No CDB, o montante necessário é de R$ 134 mil sem considerar a inflação ou de R$ 209 mil considerando-a, uma alta de 69%.

Cenário pode mudar

Os dados consideram o cenário atual de juros e inflação. No entanto, existe perspectiva de novos aumentos da taxa básica de juros, de modo que o rendimento dessas aplicações pode subir.

Se isso ocorrer, a tendência é de que passe a ser necessária um montante menor de investimentos para gerar os mesmos R$ 1.000.

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