Veja 5 fundos imobiliários que estão pagando mais para os investidores
Sabia que existem fundos de investimento imobiliário (FIIs) que estão aumentando a renda mensal paga aos investidores?
Muita gente está preocupada com a queda dos preços dos FIIs nos últimos meses, e tenho recebido muitas perguntas sobre isso em minha conta no Instagram.
Mas o fato de o preço ter caído não quer dizer que o fundo não seja bom.
Imagine que você comprou uma casa por R$ 100 mil e a alugou por R$ 1.000 mensais. Depois de um tempo, algumas pessoas aparecem fazendo propostas de R$ 90 mil, R$ 80 mil pelo imóvel.
Significa que a casa deixou de ser boa? Você continua recebendo seus R$ 1.000 por mês, mas não está aparecendo, no momento, ninguém que queira comprá-la pelo preço que você pagou. Você a venderia só por causa disso?
Repito: você venderia o seu imóvel por um preço mais baixo do que você pagou só porque alguém lhe fez uma proposta? Imagino que não.
E por que você não venderia? Porque você conhece o seu imóvel e sabe que ele vale mais. E um dos motivos que lhe dá a certeza de que ele vale mais é o fato de que o inquilino continua pagando o aluguel religiosamente.
Não cometa esse erro com FIIs
Com os fundos imobiliários de tijolo (aqueles que possuem imóveis em seu portfólio), a lógica é a mesma.
O preço das cotas está caindo unicamente porque não têm aparecido pessoas fazendo propostas de compra (ou "ordens de compra", no jargão do mercado) pelo preço de seis meses atrás.
Em muitos casos, os dividendos pagos pelos fundos aos investidores não diminuiu. Às vezes, até aumentou.
Para a coluna de hoje, selecionei cinco fundos que elevaram o valor pago em dividendos nos últimos seis meses. Veja abaixo.
GGRC11: +6,8%
O fundo GGR Covepi Renda, negociado na Bolsa pelo código GGCR11, aumentou o valor do rendimento pago por cota em 6,8% nos últimos seis meses, em comparação com os seis meses anteriores.
De setembro a fevereiro, ele pagou, em média, R$ 0,097 por cota ao mês. Nos seis meses anteriores, distribuiu em média R$ 0,091.
Em janeiro, houve uma pequena queda, de R$ 0,10 para R$ 0,095. No entanto, este último valor ainda é maior do que o de seis meses atrás (R$ 0,091).
Considerando o preço atual da cota, o GGRC11 está com um retorno em dividendos de 1,07% ao mês, levando em conta o valor médio dos dividendos nos últimos seis meses.
BTLG11: +3,7%
O fundo BTG Pactual Logística (BTLG11) aumentou em 3,7% o valor médio distribuído por cota nos últimos seis meses (R$ 0,791), em comparação com os seis meses anteriores (R$ 0,763).
Com isso, o retorno em dividendos, considerando os últimos seis meses, está em 0,84% ao mês.
É interessante notar que esse fundo vem aumentando seus dividendos desde o seu lançamento, de forma sistemática. Houve três pontos fora da curva, em que o dividendos aumentou muito em um determinado mês, voltando ao patamar anterior em seguida. Mas, de resto, desde janeiro de 2021, a trajetória dos rendimentos por cota é, predominantemente, de alta.
VILG11: +3%
Também do setor de logística, assim como os dois primeiros citados, o VILG11 aumentou o valor médio dos dividendos por cota em 3% nos últimos seis meses.
O fundo pagou R$ 0,625 por cota ao mês, em média, nos últimos seis meses, contra R$ 0,607 nos seis meses anteriores.
Pela cotação atual, o retorno em dividendos está em 0,87% ao mês, considerando os dividendos médios dos últimos seis meses.
BRCR11: +2,4%
Agora passando ao setor de lajes corporativas (prédios de escritório de alto padrão), o fundo BTG Pactual Corporate Office (BRCR11) elevou seus rendimentos em 2,4% nos últimos seis meses.
O valor médio entre setembro e fevereiro ficou em R$ 0,497 por cota, contra R$ 0,485 nos seis meses anteriores.
O retorno em dividendos está em 1,26% ao mês, sempre considerando o valor médio distribuído aos investidores nos últimos seis meses.
XPML11: +0,9%
Por fim, no setor de shopping centers, temos o XP Malls (XPML11), que aumentou o valor dos seus dividendos em 0,9% nos últimos seis meses, tendo distribuído nesse período uma média de R$ 0,920 por cota ao mês.
Nos seis meses anteriores, o valor médio estava em R$ 0,912.
O XPML11 está hoje com um retorno em dividendos de 0,94% ao mês, tomando como base a média de remuneração por cota dos últimos seis meses.
Não é para sair comprando
Talvez algumas pessoas tenham vontade de comprar todos esses fundos depois de saber disso.
No entanto, como eu frequentemente digo, o conteúdo desta coluna não é uma recomendação de compra (nem de venda).
Entre os fundos listados acima, apenas um eu tenho em minha carteira pessoal (o BTLG11). Quanto aos demais, vou me aprofundar na análise para entender se a elevação dos dividendos é, de fato, um sinal de que o fundo está saudável e que vale a pena.
Nesta coluna eu apenas compartilho com você partes do meu processo de análises e pequenos insights. Não apresento, aqui, análises conclusivas.
Alguma dúvida?
Se tiver alguma dúvida sobre investimentos, me siga no Instagram e envie uma mensagem por lá. Sua dúvida poderá ser respondida em breve nesta coluna.
Reportagem
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