Gastou mais do que podia no Carnaval? Veja como pagar menos juros

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Depois da festa, a conta.
Se você gastou neste Carnaval mais dinheiro do que podia, a consequência natural acaba sendo uma dessas duas: ou você entrou no cheque especial (ou seja, ficou com saldo negativo na conta bancária) ou a fatura do cartão de crédito não poderá ser paga integralmente.
Qualquer uma dessas duas situações pode se tornar um pesadelo daqui a alguns meses se não for resolvida. Pequenas dívidas no cheque especial ou no rotativo do cartão se tornam uma bola de neve.
Mas não se preocupe, pois é possível adotar uma estratégia de redução de danos, se você for rápido.
Na coluna de hoje eu mostro o que pode acontecer com uma dívida no cartão ou no cheque especial e explico como diminuir drasticamente seus gastos com juros.
Cuidado com a bola de neve da dívida
Se você não pagar a fatura completa do seu cartão, vai acabar pagando a taxa de juros mais alta que você pode encontrar no Brasil, a do chamado crédito rotativo do cartão.
Hoje, essa taxa está em 450,5% ao ano, em média. Com isso, uma dívida de R$ 1.000 no rotativo, se não for paga, chegará a R$ 1.532 após três meses e a R$ 5.505 após 12 meses.
Segredo é trocar de dívida
Se você, em vez de simplesmente pagar menos do que o valor da fatura, parcelar o valor que faltar, sua taxa de juros cai para 171,2% ao ano, ou seja, menos da metade da taxa do rotativo.
Uma dívida com essa taxa, se não for paga, chega a R$ 1.283 após três meses e a R$ 2.712 após um ano.
Isso, repito, se a dívida não for paga. Mas, se você pagar corretamente as parcelas, gastará bem menos do que isso com juros.
Cheque especial é um pouco melhor
Embora longe do ideal, o cheque especial (saldo negativo na conta) tem uma taxa de juros menor do que a do parcelamento do cartão de crédito.
Assim, se o seu banco permitir, é melhor pagar a fatura inteira do cartão e ficar com saldo negativo na conta corrente do que não pagar a fatura toda ou até do que parcelar no cartão.
Atualmente, a taxa de juros do cheque especial no Brasil está em média, em 136% ao ano. Dessa forma, uma dívida de R$ 1.000 subiria para R$ 1.239 em três meses e para R$ 2.360 em um ano.
Crédito pessoal fica mais em conta
O crédito pessoal é uma modalidade de empréstimo que está, hoje, com uma taxa de juros média de 103,4% ao ano.
Nesse ritmo, uma dívida de R$ 1.000 chegaria a R$ 1.194 em três meses e a R$ 2.034 em 12 meses.
Alguns bancos deixam esse tipo de empréstimo pré-aprovado para determinados clientes, sendo muito fácil contratar.
No entanto, se o seu banco for demorar para liberar esse empréstimo, você pode pagar a fatura do cartão com o crédito do cheque especial enquanto o dinheiro não sai.
Crédito consignado, o sonho
Se você tem acesso a crédito consignado (aquele cuja parcela é descontada direto do salário), essa é, sem dúvida, a melhor opção.
Para funcionários do setor privado, a taxa de juros do consignado está em 40,8% ao ano. Para servidores públicos, o valor está em 23,8%.
Nesse ritmo, uma dívida de R$ 1.000 chegaria, em três meses, a R$ 1.089, no caso do funcionário privado, e a R$ 1.055 para o servidor público. Em um ano, os valores ficariam em R$ 1.408 e R$ 1.238, respectivamente.
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