PIB é alívio para quem investe em ações e fundos imobiliários a longo prazo

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Para quem estava preocupado, prevendo uma catástrofe na economia brasileira, os dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados ontem representam um alívio.
Não por causa do crescimento de 3,4% no ano passado, e sim por um dado específico do levantamento: a alta dos investimentos das empresas na ampliação das estruturas de produção.
Na coluna de hoje eu explico por que acompanhar esse dado é importante para quem investe a longo prazo em ações e fundos de investimento imobiliário (FIIs) e qual o grau de alívio que os números recém-divulgados trazem.
O que aconteceu?
Um dos dados divulgados no levantamento do PIB se chama FBCF (formação bruta de capital fixo). Esse indicador representa o investimento das empresas em máquinas, equipamentos e na construção civil.
No ano passado, o crescimento da FBCF foi de 7,3%, número superior ao verificado em 2023 (queda de 3%) e em 2022 (alta de 1,1%). Se tomarmos apenas o último trimestre de 2024, a alta foi de 9,4%.
Para efeitos de comparação, o consumo do setor público aumentou 1,9% no ano passado, e o das famílias, 4,8%, de acordo com os dados do PIB.
O que isso significa?
Quando as empresas investem na ampliação da capacidade produtiva, elas estão prevendo aumento nas vendas.
Em meio a um clima de pessimismo por conta da inflação dos alimentos, da alta dos juros e do cenário externo imprevisível, saber que as empresas aumentaram os investimentos representa um alívio.
Sozinho, o dado sobre investimento das empresas não é suficiente para sermos otimistas. Ele apenas reduz as preocupações.
Qual é o impacto nos seus investimentos?
Se outros fatores econômicos estivessem contribuindo, o crescimento da formação bruta de capital fixo seria um impulso a mais para investimentos de renda variável, como ações e fundos imobiliários.
Outros fatores que pesam no lado negativo são a inflação acima da meta, a taxa básica de juros (taxa Selic) em tendência de alta e a dívida pública em relação ao PIB, que aumentou nos últimos dois anos.
Diante desse cenário, a tendência é de que os investimentos em renda variável sigam em compasso de espera, observando se os demais fatores apresentarão sinais de melhora ou piora nos próximos meses.
Para investimentos de renda fixa, a tendência é que continuem rendendo bem, pois não há perspectiva para queda da taxa Selic a médio prazo.
Alguma dúvida?
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