Sílvio Crespo

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Reportagem

PIB é alívio para quem investe em ações e fundos imobiliários a longo prazo

Para quem estava preocupado, prevendo uma catástrofe na economia brasileira, os dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados ontem representam um alívio.

Não por causa do crescimento de 3,4% no ano passado, e sim por um dado específico do levantamento: a alta dos investimentos das empresas na ampliação das estruturas de produção.

Na coluna de hoje eu explico por que acompanhar esse dado é importante para quem investe a longo prazo em ações e fundos de investimento imobiliário (FIIs) e qual o grau de alívio que os números recém-divulgados trazem.

O que aconteceu?

Um dos dados divulgados no levantamento do PIB se chama FBCF (formação bruta de capital fixo). Esse indicador representa o investimento das empresas em máquinas, equipamentos e na construção civil.

No ano passado, o crescimento da FBCF foi de 7,3%, número superior ao verificado em 2023 (queda de 3%) e em 2022 (alta de 1,1%). Se tomarmos apenas o último trimestre de 2024, a alta foi de 9,4%.

Para efeitos de comparação, o consumo do setor público aumentou 1,9% no ano passado, e o das famílias, 4,8%, de acordo com os dados do PIB.

O que isso significa?

Quando as empresas investem na ampliação da capacidade produtiva, elas estão prevendo aumento nas vendas.

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Em meio a um clima de pessimismo por conta da inflação dos alimentos, da alta dos juros e do cenário externo imprevisível, saber que as empresas aumentaram os investimentos representa um alívio.

Sozinho, o dado sobre investimento das empresas não é suficiente para sermos otimistas. Ele apenas reduz as preocupações.

Qual é o impacto nos seus investimentos?

Se outros fatores econômicos estivessem contribuindo, o crescimento da formação bruta de capital fixo seria um impulso a mais para investimentos de renda variável, como ações e fundos imobiliários.

Outros fatores que pesam no lado negativo são a inflação acima da meta, a taxa básica de juros (taxa Selic) em tendência de alta e a dívida pública em relação ao PIB, que aumentou nos últimos dois anos.

Diante desse cenário, a tendência é de que os investimentos em renda variável sigam em compasso de espera, observando se os demais fatores apresentarão sinais de melhora ou piora nos próximos meses.

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Para investimentos de renda fixa, a tendência é que continuem rendendo bem, pois não há perspectiva para queda da taxa Selic a médio prazo.

Alguma dúvida?

Tendo alguma dúvida sobre investimentos, me siga no Instagram e envie uma mensagem por lá. Sua pergunta poderá ser respondida nesta coluna.

Reportagem

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