Sílvio Crespo

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Quais investimentos renderam mais neste início de 2025? Veja ranking

Quais investimentos acumulam a maior rentabilidade nesse início de ano?

Na coluna de hoje eu comparo o retorno de diversas aplicações financeiras até a segunda-feira (10 de março), já descontando o Imposto de Renda. Vamos ver quais se destacaram?

Ranking dos investimentos

Para fazer o levantamento, considerei os principais investimentos de renda fixa e variável do Brasil, além da Bolsa americana, já que muitos brasileiros têm procurado aplicações no exterior.

O campeão foi um título do Tesouro Direto, o Tesouro Prefixado 2027, acumulando um rendimento de 3,7% do início do ano até dia 10 de março, já descontando o IR.

O pior investimento no período para os brasileiros foi a Bolsa americana, medida pelo índice S&P 500, que reúne as ações mais negociadas de Nova York.

Veja o desempenho dos investimentos acumulado em janeiro e fevereiro:

  1. Tesouro Prefixado 2027: 3,7%
  2. Ibovespa: 2,8%
  3. Tesouro IPCA 2029: 2,6%
  4. CDB 120%: 2,1%
  5. CDB 110%: 2,3%
  6. Tesouro Selic: 1,8%
  7. Poupança: 1,3%
  8. Fundos imobiliários: 1,2%
  9. SP 500 (em US$): -4,3%
  10. Dólar: -6,3%
  11. SP 500 (em R$): -10,4%

Bom momento do Tesouro

O alto rendimento dos títulos Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA ocorreu porque, no período, as expectativas de aumento da taxa básica de juros, a Selic, tiveram uma pequena queda.

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Quando os investidores revisam para baixo as projeções para a Selic, o preço dos títulos prefixados e dos indexados ao IPCA costuma aumentar.

Como não é possível saber quando tais expectativas serão revisadas de novo, não se pode prever se esses títulos continuarão subindo.

Caso as projeções sejam revisadas para cima, ocorre o inverso, ou seja, uma queda no preço desses títulos. Consequentemente, a rentabilidade pode ficar negativa.

Por isso, não é bom investir nesses papéis apenas porque eles tiveram bom desempenho nesse início de ano.

Só invista em Tesouro Prefixado ou IPCA se estiver disposto a aguardar até a data de vencimento. Do contrário, você pode perder dinheiro.

Ações e FIIs

A Bolsa de Valores brasileira, aqui medida pelo seu principal índice, o Ibovespa, subiu 2,8% desde o começo do ano, sempre descontando o IR.

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Mas essa trajetória não ocorreu em linha reta. Do início de janeiro até o dia 17 de fevereiro, o índice subiu 6,9%. A partir daí, sofreu uma queda de 3,14%, perdendo parte do que havia ganhado.

Outro investimento de renda variável, os fundos de investimento imobiliário (FIIs), ficaram em oitavo lugar. Dado que eles vinham caindo fortemente desde o segundo semestre do ano passado, essa alta em 2025 representa a recuperação de uma pequena parte do valor.

CDB e Tesouro Selic

Os CDBs com uma rentabilidade de 120% do CDI e de 110% do CDI ficaram em quarto e quinto lugares do ranking, respectivamente.

No caso desses dois papéis, assim como do Tesouro Selic, em sexto lugar, não vale a observação que eu fiz quanto aos títulos prefixados e atrelados ao IPCA. Ou seja, nesses três casos, não há risco de rentabilidade negativa nos próximos meses.

Essa segurança existe porque são papéis que acompanham as taxas de juros chamadas Selic e DI, que nunca ficam negativas.

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O Tesouro Selic, especificamente, permite que você resgate a qualquer momento praticamente sem risco de perdas.

Já os CDBs, nem sempre. Para que você possa resgatar antes do vencimento é preciso que ele tenha a chamada liquidez diária.

Dólar e Bolsa americana

O dólar caiu nada menos do que 6,3% nos dois primeiros meses do ano.

Além disso, a Bolsa americana, medida pelo índice S&P 500, teve uma queda de 4,3% no período.

Quando uma pessoa no Brasil investe no mercado dos EUA, temos que considerar tanto a variação do índice de ações quando do câmbio, pois o brasileiro precisa comprar dólares para aplicar fora e, depois, converter o resultado em reais novamente.

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Sendo assim, para brasileiros, o índice de ações americano gerou uma perda de 10,4% nos dois primeiros meses do ano.

Afinal, onde investir?

Escolher os investimentos pelo resultado dos últimos meses não é uma boa estratégia e pode gerar perdas, conforme expliquei mais acima. Os números mostrados aqui são apenas uma referência.

Se tiver dúvidas sobre onde investir, continue acompanhando minhas colunas no UOL e meus conteúdos no Instagram.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

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