Qual é o melhor investimento para juntar os primeiros R$ 100 mil? Compare

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Você está pensando em comprar um carro, dar entrada em um imóvel ou quer juntar dinheiro por algum outro motivo?
Para ajudar pessoas com esses tipos de objetivos, preparei simulações mostrando em quanto tempo você juntaria R$ 100 mil, em diferentes aplicações financeiras, com aportes mensais de R$ 500, R$ 1.000 e R$ 2.000.
Em todos os cálculos eu descontei a inflação. Ou seja, os números consideram o tempo necessário para chegar a um valor que, na data do último aporte, terá um poder de compra equivalente ao de R$ 100 mil hoje.
Veja os resultados abaixo.
Investindo com risco baixo
Ao contrário do que muitos pensam, existe uma variação muito grande de rentabilidade entre as aplicações de baixo risco. Isso se reflete no tempo que você acaba levando para juntar uma determinada quantia.
Investindo R$ 500 por mês na poupança, por exemplo, você levará, aproximadamente, 14 anos para acumular o equivalente a R$ 100 mil. Já no Tesouro Direto, esse tempo cai para 11 anos. Em um CDB com rentabilidade de 115% do CDI, para 10 anos.
Com aportes de R$ 1.000 mensais, o tempo necessário fica em oito anos na poupança, sete anos no Tesouro e seis anos no CDB de 115% do CDI.
Por fim, com investimentos de R$ 2.000 por mês, o período é de quatro anos na poupança, três anos e nove meses no Tesouro e três anos e sete meses no referido CDB.
Todos os cálculos desta coluna descontam o Imposto de Renda, quando há, e consideram uma inflação média de 5% ao ano. Os dados sobre os investimentos de baixo risco consideram a rentabilidade atual de cada um.
Com risco moderado
Para quem está disposto a correr um risco um pouco maior, os fundos de investimento imobiliário (FIIs) são uma boa opção. Atualmente, o retorno em dividendos dos FIIs de logística, meu setor favorito, está em 10,96% ao ano.
Com essa rentabilidade, investindo R$ 500 por mês você chega ao equivalente a R$ 100 mil em dez anos, aproximadamente. Aplicando R$ 1.000, chega-se ao objetivo em seis anos, e R$ 2.000, em apenas três anos e meio.
Esses cálculos consideram que você reinvista, ao longo do período, todos os dividendos que receber.
Mas, como eu disse, os FIIs têm risco. Não há qualquer garantia de que essa rentabilidade se mantenha no futuro.
Além disso, estou considerando o atual retorno em dividendos como uma rentabilidade real, ou seja, estou presumindo que o preço das cotas dos FIIs aumente na mesma proporção da inflação.
Com risco alto
Quem está disposto a correr um risco ainda maior pode considerar os investimentos em ações.
Nos últimos cinco anos, as ações da Petrobras (PETR4) renderam, em média, 25,2% ao ano, já descontando a inflação e o Imposto de Renda.
Nesse ritmo, com investimentos mensais de R$ 500, você chegaria aos R$ 100 mil em sete anos, aproximadamente. Com R$ 1.000 por mês, em cinco anos, e com R$ 2.000, em apenas três anos.
O problema é que conseguir essa rentabilidade por tanto tempo é muito raro no mercado de ações. A título de comparação, o Banco do Brasil e a Taesa, também empresas que pagam bons dividendos, tiveram rentabilidade real (acima da inflação) de 37,2% e 47,6%, respectivamente.
Se considerarmos a rentabilidade do BB nos últimos cinco anos, o tempo necessário para acumular R$ 100 mil seria de 11 anos com aportes de R$ 500, sete com investimentos de R$ 1.000 e quatro com R$ 2.000 mensais.
Antes de investir, no entanto, você precisa conhecer muito bem os riscos do mercado de ações. Aqui também não há nenhuma garantia de que os resultados passados vão se repetir. Aliás, no caso de ações, é muito raro que isso aconteça. O normal é mudar muito de um ano para o outro, seja para mais ou para menos.
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