Sílvio Crespo

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Reportagem

Título do Tesouro dispara 14% e lidera ranking de investimentos do semestre

Um dos títulos do Tesouro Direto disparou nada menos do que 14,2% ao longo do primeiro semestre de 2025, já descontando o Imposto de Renda.

Com isso, ficou à frente de investimentos como os principais índices de ações e de fundos de investimento imobiliário (FIIs), além de bitcoin e dólar.

Na coluna de hoje eu trago o ranking comentado dos principais investimentos no primeiro semestre de 2025.

O ranking

Veja quanto renderam os principais investimentos na primeira metade deste ano:

  1. Tesouro Direto (melhor): 14,2%
  2. Bolsa: 13,1%
  3. Fundos imobiliários: 10,2%
  4. CDB 115% do CDI: 5,9%
  5. Tesouro Selic: 5,2%
  6. Bitcoin: -1,1%
  7. Bolsa dos EUA (em reais): -7%
  8. Dólar: -11,9%

Tesouro Direto

O primeiro colocado está descrito como "Tesouro Direto (melhor)" porque se refere ao título público com o melhor desempenho no período.

O Tesouro Direto é um sistema que permite às pessoas físicas investirem em títulos públicos, ou seja, emprestarem dinheiro ao Estado brasileiro.

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Entre os principais títulos do Tesouro Direto, o que mais se destacou foi o Tesouro Prefixado com vencimento em 2031, que registrou um ganho líquido de 14,2%.

Outros títulos tiveram um retorno bem mais modesto. O Tesouro Selic com vencimento em 2029, por exemplo, rendeu 5,2% no semestre.

Bolsa

O Ibovespa, principal índice das ações de empresas negociadas na Bolsa de Valores, ficou em segundo lugar no ranking, com um retorno de 13,1%, também já descontando o IR.

Trata-se de uma forte recuperação, pois no ano passado esse mesmo indicador caiu 10,4%. O resultado ocorreu em meio a uma perspectiva de redução da taxa básica de juros, a Selic, a partir do ano que vem.

Se analisarmos as ações individualmente, diversas delas tiveram uma alta muito superior ao Tesouro, como Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3), ambas com alta superior a 100% no período.

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No entanto, para classificação no ranking, considero apenas o Ibovespa, pois se tomarmos as ações individualmente, quase sempre o primeiro e o último lugares serão uma ações.

Fundos imobiliários

Os fundos de investimento imobiliário também se destacaram no primeiro semestre. O Ifix, indicador que mede o retorno dos FIIs mais negociados do país, registrou um ganho de 10,6%, descontando o IR.

A alta dos fundos imobiliários também resulta de uma melhora da perspectiva para a taxa Selic, em comparação com o início do ano.

Apesar da recente alta da taxa básica de juros em junho, para 15% ao ano, analistas mantêm a expectativa de uma queda paulatina ao longo dos próximos anos, até chegar a 10% ao ano no final de 2028.

Investimento nos EUA

Para brasileiros que investem nos Estados Unidos, o primeiro semestre de 2025 não foi bom.

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A Bolsa americana até que não teve um mau resultado para quem mora nos EUA. Seu principal indicador, o S&P 500, subiu 5,5%.

No entanto, para quem mora no Brasil, o resultado foi ruim devido à forte queda de 11,9% do dólar em relação ao real.

O brasileiro que investiu R$ 1.000 no S&P 500 no começo do ano, se for resgatar o dinheiro hoje, receberá apenas R$ 930, ou seja, houve uma queda de 7%.

Onde investir?

A estratégia de investimentos nunca deve ser baseada em apenas um ranking. O mencionado título do Tesouro que subiu mais de 14% pode não continuar nessa trajetória. O mesmo se pode dizer das ações na Bolsa e dos fundos imobiliários, por exemplo.

O ranking serve apenas como uma referência de um passado recente que você pode comparar com os seus investimentos e com as expectativas que você tinha no começo do ano.

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A decisão de onde investir depende das suas necessidades e da sua tolerância ao risco.

Alguma dúvida?

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Reportagem

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