Hoje vou analisar os impactos nas ações das notícias sobre a mudança no controle da Braskem (BRKM5) e das críticas do presidente da república às políticas de preços da Petrobras (PETR4).
A Odebrecht busca vender sua fatia na petroquímica e o risco de interferência política na Petrobras continua a preocupar investidores.
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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Belivacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.
BRASKEM: Odebrecht inicia conversas com compradores
Desde agosto de 2020, a Odebrecht vem sendo assessorada pelo banco de investimentos Morgan Stanley para realizar a venda de sua fatia de 38,3% das ações na Braskem (BRKM5). Atualmente, a petroquímica é controlada pelo grupo e pela Petrobras (PETR3/PETR4), que detém 36,1% das ações, e que também já manifestou interesse em vender sua fatia.
A ideia é realizar uma série de reuniões e conversas com investidores e potenciais interessados no mundo todo, dada a relevância multinacional da Braskem.
O avanço no processo chega em momento favorável para as três principais envolvidas. Para a Odebrecht (Novonor), a venda levantará recursos importantes para pagamento de seus credores no plano de recuperação judicial. Para a Petrobras, ela acionará uma cláusula de contrato que facilitará a venda de sua fatia pelo mesmo valor alcançado pela Odebrecht.
Finalmente, para a Braskem, a venda do controle pelas duas companhias abre caminho para melhorias na governança, complementando as suas políticas internas de compliance e transparência, com a possibilidade de migração para o Novo Mercado. Isso pode destravar mais valor para as ações da companhia, que já recuperaram boa parte das perdas causadas pelo acidente geológico em Maceió-AL e pelos problemas nos contratos de fornecimento de gás e etanol no México. Desde o final de janeiro, os papéis BRKM5 saíram de um patamar de R$ 24 para R$ 44 reais por ação.
Apesar do tom positivo da notícia, as ações da Braskem desvalorizaram 1,5% no último pregão, levadas pela queda da Petrobras, assunto da minha próxima análise.
PETROBRAS - Fala de Bolsonaro derruba ações novamente
O risco de interferência política na Petrobras continua a preocupar investidores. Ontem (8), os papéis da companhia sofreram novas quedas de 1,68% (ações ordinárias) e 1,25% (ações preferenciais) com as declarações do presidente Jair Bolsonaro de que pode alterar a política de preços da estatal.
As críticas à gestão anterior da companhia foram feitas em jantar com empresários em São Paulo. Em relação ao setor, a PetroRio (PRIO3) recuou em 1,08%.
A Petrobras vive um momento operacional positivo, com aumento de produção resultante de novas aquisições, e perspectiva de maior redução de custos e de ganhos de escala com aumento da produção. Apesar disso, o risco do fator político ainda é forte para os papéis da companhia (PETR3/PETR4), que já recuaram quase 20% este ano.
Recomendamos acompanhar a gestão do novo presidente da estatal, o general Joaquim Silva e Luna, substituto de Roberto Castello Branco no cargo, antes de uma decisão sobre investimento.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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