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ANÁLISE

Quais setores podem subir na Bolsa ainda em 2021? Economistas respondem

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/06/2021 04h00Atualizada em 17/12/2021 15h05

O momento é da Bolsa, que vem registrando altas sucessivas —em maio, o Ibovespa subiu 6,16% e acumula uma alta de 6,05% em 2021. Em junho, a B3 só subiu, quebrando seu recorde nominal sessão após sessão, e já ultrapassou os 130 mil pontos, considerando os fechamentos até o dia 7.

Para quem quer começar a investir, e aproveitar esse crescimento da Bolsa, para quais setores deve olhar? Quais são aqueles que podem crescer ainda em 2021? O assunto foi abordado no programa Investimento Ao Vivo, do UOL Economia+ em parceria com a casa de análises Levante Ideias de Investimento, que foi transmitido no último dia 1º de junho.

Assista ao vídeo abaixo e confira a análise feita pelos economistas, e entenda quais setores podem crescer e que podem ser um bom negócio para os investidores. O programa Investimento Ao Vivo é transmitido quinzenalmente na página inicial do UOL e do UOL Economia+, mas fica disponível para consulta. O vídeo é exclusivo para assinantes.

Bolsa está pautada por boas expectativas

Para os economistas Felipe Bevilacqua e Rafael Bevilacqua, um dos fatores para a alta da Bolsa dos últimos dias foi a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto), que cresceu 1,2% no primeiro trimestre, superando as expectativas do mercado.

"O bom número acima do esperado mostra que a economia respondeu à crise. Melhores expectativas pautaram o mês de maio inteiro. Isso refletiu muito no preço das ações", disse Felipe.

O analista Rafael Bevilacqua afirmou que os dados que saíram referentes a maio mostraram que a queda econômica não aconteceu.

"A gente viu uma melhora da atividade econômica. E isso acaba se refletindo na expectativa do lucro das empresas, ou seja, nas ações", disse.

Felipe Bevilacqua explicou que quando a economia vai bem, a "Bolsa vai bem, e os investimentos também".

Como junho é o último mês do semestre, Felipe disse que os investidores devem ficar atentos aos balanços semestrais das empresas. "No semestre, todos os investidores e todos os fundos querem ter o retorno maior. Então, atenção mais para o final do mês", disse.

Para quais setores olhar em 2021?

Em 2020 a Bolsa caiu para 63 mil pontos, mas retomou o crescimento. Segundo Rafael, o que impulsionou a Bolsa foram as ações das empresas exportadoras, as commodities (minério de ferro, papel e celulose, proteína animal, grãos, etc.).

Essas empresas devem continuar no radar dos investidores, segundo Felipe.

"Essas ações estão subindo em função de uma retomada econômica fortíssima da China, que está apostando em crescimento de infraestrutura e indústria. Esse modelo de crescimento utiliza muito aço. E para produzir aço é preciso minério de ferro. Ou seja, há uma demanda forte de aço e minério de ferro, além de outras commodities", explicou.

Setores que ficaram parados por causa da pandemia também podem voltar a crescer ainda neste ano —é o caso de empresas de comércio e shoppings.

"Muita coisa ficou para trás, como as empresas do varejo físico. Mas agora com a retomada econômica, a vacinação, a reabertura acontecendo, as ações que andaram foram as das empresas atreladas ao varejo", explicou Rafael. Ele citou, por exemplo, a empresa Via (dona da Casas Bahia e do Ponto, antigo Ponto Frio), que teve forte melhora devido a essas expectativas.

Para Felipe Bevilacqua, outro setor que deve responder à retomada é o de empresas ligadas à mobilidade urbana (varejo, serviços e aviação comercial). "Elas têm reflexo na Bolsa; se a Bolsa sobe, elas sobem mais. Se a Bolsa cai, elas caem mais. Vale ficar bem atento a esse setor", disse.

Junho deve continuar positivo para a Bolsa

"Nesse momento, temos visto esses dois componentes impulsionando bem o mercado. Claro que muita coisa pode acontecer, mas tudo indica que a expectativa é ter um mês de junho bem positivo", afirmou Rafael.

Felipe Bevilacqua diz que há muitas ações baratas ainda dentro das empresas atreladas ao mercado doméstico. "O ponto de atenção é a questão da pandemia, com algumas cidades e regiões com aumento do número de casos de covid-19, o que pode levar a restrições de mobilidade. Mas de qualquer forma estamos confiantes para o mês de junho", disse.

O economista destacou ainda a taxa básica de juros, a Selic, que deverá ter nova alta na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Hoje, a Selic está em 3,5% ao ano.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.