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ANÁLISE

Dona da Casas Bahia e do Ponto expande logística: o que você precisa saber

Centro de distribuição da Via: logística será essencial na expansão do e-commerce - Paulo Whitaker
Centro de distribuição da Via: logística será essencial na expansão do e-commerce Imagem: Paulo Whitaker

Felipe Bevilacqua

29/06/2021 09h01

No Investigando o Mercado de hoje vamos conversar sobre a estratégia da Via (VVAR3) de oferecer seus serviços de logística para vendedores de marketplaces concorrentes, e vamos analisar os movimentos de aproximação entre bancos estrangeiros, bancos digitais e plataformas de investimentos.

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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.

Via passa a oferecer serviços logísticos

A Via (VVAR3), antiga Via Varejo, está desenvolvendo um pacote de serviços logísticos para seu marketplace. Além de abranger do recebimento do pedido à entrega do item ao consumidor, o modelo traz inovações. A principal é tornar o serviço um negócio autônomo, que poderá ser contratado também por lojistas dos marktplaces de seus concorrentes, como Magalu (MGLU3) e Americanas (LAME4).

Dessa forma, quem vende no marketplace dessas empresas poderá utilizar o serviço da Via para distribuir produtos, principalmente itens pesados, ponto forte da Via, que é dona das Casas Bahia e do Ponto (antigo Ponto Frio).

Os lojistas poderão também estocar seus produtos nos 27 centros de distribuição da Via espalhados pelo país, pagando um percentual sobre a venda entre 13,5% e 16%. Um novo centro será aberto em outubro em Extrema (MG), para armazenar itens pesados como fogões e refrigeradores.

Com esse novo projeto, a Via (VVAR3) mostra capacidade de inovação e disposição para alcançar os concorrentes, que começaram a explorar os marketplaces antes. Vemos o movimento como positivo, ao monetizar a estrutura logística e melhorar a rentabilidade da companhia. Atualmente a companhia conta com cerca de 26 mil lojistas em seu marketplace e pretende atingir entre 70 a 90 mil lojistas até o fim do ano.

Compra de 40% do C6 Bank pelo JP Morgan e a disputa pela liderança dos bancos digitais

O banco americano JP Morgan anunciou ontem (28) a compra de 40% do C6 Bank, banco digital fundado em 2019 por ex-executivos do BTG Pactual. As instituições não revelaram os valores da transação e o investimento está sujeito a aprovações regulatórias.

Hoje o C6 Bank tem 7 milhões de clientes, entre pessoas físicas e jurídicas, e oferece uma ampla plataforma de produtos e serviços. O valor do investimento deve ser usado para acelerar o crescimento do banco, que vem captando aportes para financiar sua expansão. Em dezembro do ano passado, após rodada de investimentos, ele se tornou uma empresa unicórnio, com valor de mercado de R$ 11,3 bilhões mesmo sem ter aberto o capital.

A parceria estratégica dá escala ao C6 Bank e sinaliza a entrada do JP Morgan nas operações de varejo no Brasil, um dos maiores mercados para o setor de varejo do mundo. Segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia, mais de 60% das transações bancárias no país são realizadas de forma digital, por meio do uso de mobile banking.

A entrada de bancos estrangeiros buscando explorar o amplo mercado brasileiro também pode ser observada com a parceria entre Credit Suisse e Modalmais. Em 2020, o banco suíço se juntou ao Modalmais para distribuir soluções de investimentos mais sofisticadas para um público mais amplo. Na próxima quinta-feira (1), será liberado o Modalmais Premium, que se encontrava em fase de testes. Com a parceria, o Modalmais busca ampliar sua base de clientes para concorrer em melhores condições com grandes players como XP e BTG.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.