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ANÁLISE

CPFL vence leilão de energia e XP mostra resultados: veja análise das ações

A CEEE-T é o segundo braço do Grupo a ser privatizado e mais uma subsidiária deve ser vendida - Getty Images
A CEEE-T é o segundo braço do Grupo a ser privatizado e mais uma subsidiária deve ser vendida Imagem: Getty Images

Felipe Bevilacqua

19/07/2021 08h29

No Investigando o Mercado de hoje vamos conversar sobre a vitória da CPFL no acirrado leilão de privatização da Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T) do Rio Grande do Sul e sobre os dados operacionais da XP (XP na Nasdaq) divulgados na sexta (16), antes da abertura do mercado.

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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.

CPFL arremata CEEE-T em leilão de privatização

Em leilão de privatização realizado na sexta-feira (16) na B3, a CPFL (CPFE3) arrematou a Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T) do estado do Rio Grande do Sul com um lance de R$ 2,67 bilhões. A CPFL passa agora a deter 66,08% do capital social da CEEE-T.

A CEEE-T opera e mantém mais de 6.000 quilômetros de linhas e mais de 15,7 mil estruturas de transmissão. Cobre todo o Rio Grande do Sul e totaliza 69 subestações que, somadas, possuem potência instalada própria de 10.513 megavolt-ampères (MVA). A CPFL é responsável pela distribuição de energia elétrica em 77% do estado gaúcho.

Em março, a CEEE Distribuidora (CEEE-D) foi adquirida pela Equatorial Energia (EQTL3). A CEEE-T é o segundo braço do Grupo CEEE a ser privatizado. A Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE-G) também deve ser vendida. O edital está em fase de aprovação, com perspectiva de publicação ainda neste ano.

Na sexta-feira (16), as ações da CPFL (CPFE3) fecharam em queda de 1,41% devido ao alto prêmio pago, com ágio de 57,13% sobre o valor mínimo de R$ 1,7 bilhão. É possível que a pressão negativa sobre os preços das ações CPFE3 continue, porque o alto prêmio pago levanta dúvidas sobre a Taxa Interna de Retorno (TIR).

O resultado definitivo do leilão deve ser anunciado até 17 de agosto. Após a divulgação, a aquisição será analisada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

XP Inc (XP) divulga dados operacionais do 2T21

A XP Inc (XP) anunciou na sexta-feira (16) os seus indicadores operacionais chave do segundo trimestre de 2021. Mais uma vez, os números vieram fortes. A companhia segue em crescimento. A carteira de crédito alcançou patamar de R$ 6,8 bilhões, crescimento de 43% no ano contra ano. O risco da carteira segue baixo, com duração de cerca de 3,5 anos e taxa de crédito não produtiva de 0,0% (sem inadimplência).

O volume total de pagamentos via cartão de crédito foi de R$ 2,1 bilhões, crescimento superior a 300%. Foi o primeiro período completo após o lançamento oficial do cartão. O grande destaque foi o total de ativos sob custódia chegou a R$ 817 bilhões, crescimento de 88% no ano contra ano. As adições líquidas no período foram de R$ 75 bilhões (captação média de R$ 25 bilhões por mês no período). O número de clientes ativos aumentou 5%, chegando a 3,14 milhões.

O volume de trades médios diários no varejo caiu 18% contra o trimestre anterior. A queda não assusta, pois trata-se de uma conjuntura do mercado. No primeiro trimestre do ano, o volume de negociação foi extremamente alto e os futuros atingiram patamares recordes. O NPS - indicador de satisfação do cliente - ficou em 76 pontos.

Acreditamos que as ações XP reagirão positivamente. Seus fundamentos de crescimento seguem intactos há mais de um ano, sem fazer preço nas ações da companhia. Para os próximos meses, possíveis catalisadores são a manutenção das taxas de comissão em níveis saudável (take rate) e a finalização do já aprovado spin-off do Itaú para formar a XPart, com provável incorporação da holding pela própria XP na sequência.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.