BR Distribuidora muda de marca e foco para ir além dos combustíveis

Hoje vamos conversar sobre a expansão do Mercado Livre (MELI34) no mercado de crédito e sobre os planos de desinvestimentos da BR Distribuidora (BRDT3).
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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os assinantes do UOL.
Fintech do Mercado Livre quer crescer no segmento de crédito
O Mercado Pago, fintech do Mercado Livre (MELI34), passará a oferecer crédito para clientes com os quais não tinha relacionamento prévio, no chamado "mar aberto". Com mais de 15 milhões de usuários ativos, a empresa possui a terceira maior carteira digital do país.
Serão três modalidades de crédito: capital de giro para pequenos comerciantes, microempreendedores e autônomos; crédito com amortizações flexíveis, na qual um percentual das vendas do empreendedor paga o empréstimo; e dinheiro express, modalidade de curto prazo para pagamento em 21 dias. A análise do pedido será feita em até quatro dias úteis.
O Mercado Pago já oferece crédito aos consumidores, uma forma de impulsionar as vendas, na modalidade "buy now, pay later", uma espécie de crediário. Segundo Pedro Arnt, CEO da companhia, essa modalidade atinge taxas de penetração de dois dígitos no Brasil e no México.
Com a nova iniciativa, o Mercado Livre cresce na disputa com outras empresas do setor que também oferecem crédito, como o Magazine Luiza e a Via. Cada vez mais vendedores e consumidores buscam obter crédito fora dos "bancões", que normalmente possuem taxas mais elevadas. O mercado de crédito deve ficar ainda mais competitivo com a implementação do Open Banking, iniciativa do Banco Central para reduzir taxas por meio do aumento da competição, incentivando a entrada de fintechs nesse mercado.
A notícia é positiva para a empresa, que segue ampliando os meios de monetização dos dados de tráfego e de seus consumidores e expandindo a carteira de crédito. Em seu resultado do segundo trimestre deste ano, o Mercado Crédito possuía uma carteira de US$ 810 milhões, crescimento de quase cinco vezes em relação ao volume do mesmo período do ano anterior.
A inadimplência da carteira ainda é alta, chegando a 29,6%. Mas essa taxa deve cair à medida que a empresa obtém mais dados dos clientes e ganha experiência no setor.
BR Distribuidora quer levantar R$ 1 bilhão com vendas de ativos
A BR Distribuidora (BRDT3), que mudou seu nome para Vibra Energia, espera levantar aproximadamente R$ 1 bilhão com a venda de até 25 ativos nos quais não possui mais interesse. No balanço do segundo trimestre, a empresa divulgou avanços nas negociações para três de seus ativos que devem gerar cerca de R$ 130 milhões até o final deste ano.
Os desinvestimentos fazem parte de um plano maior de migração da companhia para negócios mais promissores. A Vibra está concluindo uma ampla revisão estratégica que contempla a transição energética para uma economia de baixo carbono.
O objetivo é se posicionar bem no mercado de energia elétrica e substituir combustíveis poluentes por outros de menor impacto, como o gás natural. Dentro dessa nova visão, a empresa a companhia pretende vender cerca de 250 imóveis de postos de combustíveis.
No negócio de comercialização de energia elétrica, a Vibra possui agora a Targus, recém-adquirida e que demonstra grande potencial de ganho de relevância no portfólio de negócios da distribuidora. No segmento de gás, a companhia anunciou recentemente a intenção de vender a concessionária ESGás para sair da distribuição e focar na comercialização.
A notícia é positiva para as ações da Vibra Energia (BRDT3). A partir dos desinvestimentos, a companhia poderá melhor compatibilizar a base de ativos com sua operação, reduzindo a ociosidade, otimizando custos e liberando parte do capital empregado.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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