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ANÁLISE

Preço do ferro sobe e Vale, Gerdau e outras ações disparam; veja mais

Felipe Bevilacqua

23/09/2021 09h12

Hoje vamos conversar sobre a recuperação das ações das empresas d a cadeia de minério de ferro e sobre a sucessão no Conselho de Administração da Ultrapar (UGPA3).

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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os assinantes do UOL.

Brasileiras disparam com recuperação do minério de ferro

Após sucessivas quedas, o minério de ferro apresentou forte alta ontem (22), impulsionando as ações do setor de mineração e siderurgia. As ações da Vale (VALE3) fecharam em alta de 3,55%, bem como as da Gerdal (GGBR4, alta de 5,84%) e as da Usiminas (USIM5, 9,13%).

Nas últimas semanas, sucessivas quedas no preço do minério de ferro impactaram as mineradoras e siderúrgicas. A pressão negativa foi causada principalmente pelas restrições impostas pelo governo chinês à produção de aço no país, sobretaxando as exportações. Um dos objetivos dessas restrições é controle de preços e inflação. O outro é reduzir impactos ambientais. A China tem meta de zerar emissões de carbono até 2060. Mineração e siderurgia respondem por a cerca de 15% a 20% das emissões.

A crise da Evergrande, no início da semana, agravou a situação. A segunda maior incorporadora da China tem US$ 305 bilhões em passivos. Um calote desses na China impacta diretamente a demanda por commodities metálicas em países produtores como o Brasil. O principal cliente da Vale é o setor siderúrgico chinês. Por isso as ações VALE3 caíram 3,3% na segunda-feira e fecharam a R$ 83,31, menor cotação desde dezembro de 2020.

Após 10 sessões oscilando entre baixas e estabilidade, os preços do minério de ferro voltaram a subir ontem, retornando ao patamar de US$ 100 por tonelada. O movimento ocorreu depois que a Evergrande anunciou acordo com um de seus credores. Além disso, há rumores de que o governo vai estatizar a incorporadora.

O Banco Central da China injetou ¥ 120 bilhões (aproximadamente US$ 18,5 bilhões) na economia do país, o maior valor desde o início do ano. Os movimentos diminuíram a forte aversão global ao risco observada no início da semana, levando as bolsas mundiais a fecharem em alta.

Ultra anuncia sucessão no Conselho de Administração e na Ipiranga

A Ultrapar (UGPA3) anunciou ontem (22) um plano de sucessão em posições importantes dentro da holding. O atual presidente do conselho, Pedro Wongtschowki, cujo mandato se encerra em abril de 2023, será sucedido por Marcos Lutz.

Lutz atua como conselheiro da Ultrapar e assumirá a posição de Diretor Presidente entre janeiro de 2022 e abril de 2023. O objetivo é aprofundar o conhecimento dos negócios do grupo. O executivo iniciou sua carreira na Ultrapar em 1994, onde permaneceu até 2003, tendo chegado à presidência da Ultracargo. Entre 2009 e 2020, foi CEO da Cosan, empresa que atua nos setores de açúcar, álcool e energia. Sua volta ao grupo no ano passado, foi comemorada pelo mercado e pela empresa.

Também foi definida a sucessão na presidência da Ipiranga. Marcelo Araújo, atual CEO, foi eleito para a diretoria executiva da holding. Para seu lugar foi escolhido Leandro Linden.

O ex-presidente ficou no cargo por três anos e tem profundo conhecimento nos setores de óleo e gás. O executivo agora ficará responsável pelas áreas de Sustentabilidade, RI, Compliance, Riscos e Auditoria, entre outros.

Leandro Linden já passou pela companhia há cinco anos, onde estruturou a joint venture entre Ipiranga e Chevron. Ele tem longa carreira no setor de combustíveis, tanto no Brasil quanto nos EUA, com passagens por Exxon Mobil, Cosan e Raízen.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.