Arezzo compra empresa moda feminina de luxo e aposta em mercado de R$ 15 bi
Hoje comentaremos sobre a aquisição realizada pela Arezzo (ARZZ3) e pelas modificações no IPO do Nubank (NUBR33).
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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os assinantes do UOL.
Arezzo compra empresa de vestuário feminino de luxo
A Arezzo (ARZZ3) anunciou a aquisição de 100% da empresa de moda Carol Bassi. O valor da compra será de R$ 180 milhões, sendo R$ 50 milhões pagos na data do fechamento da operação, duas parcelas de R$ 25 milhões pagas em um prazo de 180 e 360 dias e os R$ 80 milhões restantes divididos em mais três parcelas.
Além disso, foram determinadas cláusulas no contrato caso a Carol Bassi atinja determinadas métricas de desempenho entre os anos de 2022 e 2025, que poderão chegar a valores de R$ 20 milhões adicionais para cada um dos dois sócios. Também foi determinado que a sócia Anna Carolina e o administrador da adquirida, Caio Campos, deverão permanecer vinculados à companhia até, no mínimo, 2025.
A Arezzo projeta que a Carol Bassi entregue em 2022 uma receita líquida de, aproximadamente, R$ 110 milhões, e um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) na casa dos R$ 32 milhões. Atualmente, a empresa possui duas lojas próprias e tem presença em 90 pontos multimarca em mais de 20 estados brasileiros.
A aquisição marca a entrada da Arezzo o mercado de moda feminina, algo que era muito desejado pelo presidente Alexandre Birman. A companhia já havia lançado uma coleção na Schultz e entrado no setor de vestuário masculino, com a aquisição da Reserva. Agora, entra em um setor gigante, que tem um mercado endereçável de cerca de R$ 15 bilhões.
As notícias são positivas para a Arezzo, após o fracasso na aquisição da Hering, que foi vendida ao Grupo Soma. A compra da Carol Bassi reforça um desejo da direção de se tornar uma "house of brands", consolidando sua atuação no mercado de moda de alta renda. Inclusive, já existe a previsão de saírem calçados e bolsas sob a marca Carol Bassi, com preço médio de R$ 890 e R$ 2.000, respectivamente.
Novos capítulos sobre o IPO do Nubank
Um dos IPOs (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) mais aguardados do ano tomou novos caminhos nesta terça-feira (30). O Nubank (NUBR33) irá reduzir o preço da ação que beirava US$ 10 a US$ 11 para a faixa de US$ 8 a US$ 9, uma queda de, aproximadamente, 30%.
A redução de preço vem em um momento no qual a empresa visualiza que o panorama para as ações das empresas do setor de tecnologia, em escala global, está pior em comparação ao início do estudo da oferta pública. Com isso, é necessário estar alinhado com as expectativas do mercado em relação ao preço da ação e do BDR.
A definição do preço ocorrerá no dia 8 de dezembro, segundo documento enviado para a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Além do ajuste no preço da ação, mais duas mudanças foram feitas no prospecto original: a presença do investidor âncora e lote suplementar de ações (chamado de greenshore).
Os investidores âncora são os investidores que atestam sua intenção em possuir as ações que a empresa se propõe a colocar no mercado, dentro de certas restrições, porém, sem a obrigação de comprar o ativo.
O greenshore é a colocação de novos papéis à venda no mercado, em caso de alta procura pela ação no IPO. É um ótimo mecanismo para a companhia na estabilização de preços no mercado, caso haja uma posição compradora das ações muito forte.
Acreditamos que a notícia seja levemente negativa, uma vez que o mercado já olha o cenário doméstico com incertezas do ponto de vista econômico e político, o que prejudica fortemente as empresas de tecnologia.
Também é válido mencionar que o IPO do Nubank pretende levantar US$ 3 bilhões, com a destinação dos recursos para capital de giro, despesas operacionais, despesas de capital e novos investimentos e aquisições de negócios, produtos, serviços e tecnologias.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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