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ANÁLISE

Netflix divulga resultados nos EUA, e mercado repercute postura de Lula

Felipe Bevilacqua

20/01/2022 09h33

Esta é a versão online para a edição desta quinta-feira (20/1) da newsletter Por Dentro da Bolsa. Para assinar esse e outros boletins e recebê-los diretamente no seu email, cadastre-se aqui.

As Bolsas de Valores dos Estados Unidos operam em leve alta nesta quinta-feira (20), mas os investidores mantêm uma postura cautelosa com relação à possibilidade de encerramento do programa de compra de títulos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em março deste ano, o que abriria caminho para a alta dos juros no país antes do esperado.

Na véspera, os mercados norte-americanos abriram a sessão em alta, impulsionados pelo recuo dos juros dos Treasuries - títulos públicos dos EUA - e pelos bons resultados trimestrais de grandes companhias de capital aberto, dentre as quais merecem destaque os bancos Morgan Stanley e Bank of America. No final do dia, porém, o receio com a alta dos juros fez com que as Bolsas de Valores de Nova York fechassem em queda.

Nesta quinta-feira, investidores monitoram os resultados da gigante do streaming Netflix (Nasdaq: NFLX) e da companhia aérea American Airlines (Nasdaq: AAL).

Na Europa, o mercado repercute a variação da inflação ao consumidor na zona do euro, que avançou 0,4% em dezembro, acumulando alta de 5% no ano, em linha com as projeções, e acompanha a divulgação da ata da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

Além disso, a tensão na fronteira entre Rússia e Ucrânia traz mais volatilidade aos mercados da Europa, podendo pesar ainda mais sobre a inflação nos países da porção ocidental do continente, uma vez que cerca de um terço do gás natural consumido na região vem da Rússia e possíveis sanções à nação podem resultar em cortes no fornecimento do produto, elevando significativamente seu preço.

Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única, com desempenho negativo das Bolsas de Valores da China, apesar do anúncio de corte de 0,1 ponto percentual na taxa de juros para empréstimos de um ano no país, medida adotada para mitigar os efeitos da pandemia sobre a economia chinesa.

E por aqui, o que esperar?

Por aqui, a alta das commodities e o recuo do dólar frente ao real favorecem o Ibovespa, e os investidores seguem de olho no noticiário político, já visando as eleições deste ano.

Na véspera, o ex-presidente Lula, que deve concorrer novamente à Presidência neste ano, sinalizou que deve adotar uma postura mais moderada, voltando a defender a formação de uma chapa com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. A perspectiva de que o petista não deve adotar uma postura radicalmente populista traz um pouco de alívio aos mercados.

No 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia Investimentos): informações sobre o follow-on (nova oferta de ações) da BRF, dona da Sadia, e a nova aquisição da Sinqia

Um abraço,

Felipe Bevilacqua

Analista de Investimentos de Levante
CNPI - Analista certificado pela Apimec
Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima
Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM

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Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.