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ANÁLISE

Bolsa brasileira sobe, na contramão do mundo, mas inflação preocupa

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Imagem: Getty Images

Felipe Bevilacqua

28/01/2022 09h32

Esta é a versão online para a edição desta sexta-feira (28/1) da newsletter Por Dentro da Bolsa. Para assinar esse e outros boletins e recebê-los diretamente no seu email, cadastre-se aqui.

As Bolsas dos Estados Unidos operam sem direção definida nesta sexta-feira (28), após a variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos reforçar a perspectiva de alta dos juros na reunião de política monetária de março.

O PIB norte-americano cresceu 6,9% no quarto trimestre de 2021 em comparação com o mesmo período em 2020, superando a mediana das estimativas do mercado. Com esse resultado, a economia dos EUA cresceu 5,7% em 2021, o melhor resultado desde 1984.

Em termos macroeconômicos, a notícia é positiva, pois indica que a maior economia do planeta está aquecida, e se recuperando mais rápido do que o esperado dos efeitos da pandemia do coronavírus. Por outro lado, o bom resultado soma-se ao desemprego em baixa e à inflação em alta, dando força às apostas no encerramento do tapering - processo de redução do volume de compra de títulos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) - já em março, que deve ser acompanhado do início da alta dos juros no país.

Assim, os investidores avaliam qual deve ser o real impacto da retirada dos estímulos e dos juros mais altos no mercado de ações norte-americano, o que faz com que os índices de ações das Bolsas de Nova York sigam oscilando.

Na Europa, as Bolsas de Valores operam majoritariamente em queda, também refletindo a preocupação dos investidores com a política monetária dos EUA. Além disso, os investidores repercutem o recuo de 0,7% do PIB alemão no quarto trimestre de 2021, que fez com que a economia alemã fechasse o ano com crescimento 1,4%, inferior ao apontado pelas projeções.

Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única na última sessão antes do feriado do ano novo lunar na China. Durante toda a próxima semana, as Bolsas chinesas e taiwanesa permanecerão fechadas. Os mercados de Hong Kong e da Coreia do Sul também não operam durante parte da semana.

E por aqui, o que esperar?

Por aqui, a alta das commodities e a percepção de que as ações brasileiras estão baratas contribuem para que a Bolsa brasileira vá na direção contrária dos principais mercados globais. Na quinta-feira (27), o Ibovespa fechou em alta de 1,18%, aos 112.612 pontos.

Por outro lado, a inflação volta a preocupar os investidores brasileiros, uma vez que os primeiros indicadores divulgados neste ano vieram acima das estimativas. Nesta sexta-feira, o mercado repercute o resultado do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de janeiro.

No 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia Investimentos): informações sobre a negociação entre Compass e Gaspetro e os resultados da montadora de veículos elétricos Tesla.

Um abraço,

Felipe Bevilacqua

Analista de Investimentos de Levante
CNPI - Analista certificado pela Apimec
Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima
Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM

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Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.