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ANÁLISE

Ações do Bradesco devem se valorizar após lucro acima do esperado no 1º tri

Rafael Bevilacqua

09/05/2022 09h19

Hoje comentaremos os resultados do Bradesco referentes ao primeiro trimestre de 2022, quando o banco obteve resultados melhores do que o esperado, permitindo uma revisão das projeções para o ano.

Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!

Bradesco divulga resultados fortes

O banco Bradesco (BBDC4) divulgou na noite de quinta-feira (5) seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2022, com números fortes e acima do esperado pelo mercado.

O lucro líquido da instituição cresceu 4,7% em comparação com o primeiro trimestre de 2021, totalizando R$ 6,8 bilhões. A expectativa, segundo analistas ouvidos pela Refinitiv, era de que o lucro líquido somaria R$ 6,7 bilhões.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) atingiu 18%, uma alta de 0,5 ponto percentual na comparação trimestral e uma queda de 0,7 ponto percentual na comparação anual.

Um dos destaques positivos do trimestre foi a melhora da margem financeira do banco, que subiu 0,6% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, atingindo R$ 17 bilhões.

As receitas de prestação de serviços somaram R$ 8,6 bilhões, volume 6,7% maior do que o observado um ano antes.

A carteira de crédito do Bradesco cresceu 18,3% na comparação anual, somando R$ 834,45 bilhões. Além disso, a base de clientes do banco aumentou em 5,8%, na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 74,8 milhões.

As despesas operacionais atingiram R$ 8,6 bilhões, uma retração de 9,1% na comparação trimestral e uma alta de apenas 4,4% na comparação anual.

Por outro lado, o destaque negativo —mas já esperado— foi o aumento de 12,9% da Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) em comparação com o quarto trimestre de 2021, que totalizou R$ 4,8 bilhões. A inadimplência acima de 90 dias também apresentou alta quando comparada com o trimestre passado, chegando a 3,2%.

Além do resultado, o Bradesco atualizou o guidance, ou seja, suas projeções para 2022, com números que parecem refletir melhor a situação, principalmente em relação ao crescimento das Margens com Clientes, que saíram de um intervalo de crescimento de 8% a 12% para um crescimento de 18% a 22%, e à expansão da PDD, que deve ficar entre R$ 17 bilhões e R$ 21 bilhões.

Diante dos bons resultados reportados pelo banco e da melhora nas projeções, esperamos impacto positivo em suas ações no curto prazo. Contudo, é preciso se atentar para os riscos do cenário macro, que têm desafiado a Bolsa brasileira.

Na sexta-feira (6), as ações preferenciais do Bradesco fecharam em alta de 2,08%, cotadas a R$ 18,10.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.