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ANÁLISE

Vendas da Iguatemi crescem 30% em relação à pré-pandemia; como ficam ações?

Foto: Valter Campanago/Agência Brasil
Imagem: Foto: Valter Campanago/Agência Brasil

Rafael Bevilacqua

15/07/2022 09h01

A administradora de shopping centers Iguatemi S.A (IGTI11) apresentou prévia operacional com dados positivos: o volume de vendas nos shoppings da companhia superou o patamar pré-pandemia no segundo trimestre deste ano.

Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!

Os indicadores do segundo trimestre vieram sólidos, em consonância com os valores anunciados na prévia dos meses de abril e maio, publicados em 14 de junho.

Assim como observado nos dois trimestres anteriores, as métricas operacionais vêm exibindo melhora substancial frente aos respectivos trimestres comparativos de 2019.

Na prévia em questão, as vendas totais registraram avanço de 30,2%, com oito dos 14 shoppings administrados pela companhia performando acima do referido valor, atingindo R$ 4,3 bilhões, faturamento recorde para um segundo trimestre.

Em relação ao segundo trimestre de 2019, as vendas mesmas lojas (SSS) cresceram 31%, com destaque para os artigos de moda, calçados, joalheria e produtos de saúde e beleza.

O indicador "aluguéis mesmas lojas" (SSR, que compara desempenho de unidades já existentes) registrou um incremento de 56,2%, ao passo que o "aluguéis mesmas áreas" (SAR) demonstrou evolução de 42,1%.

Além da recuperação das vendas, a empresa continuou apresentando melhora em seus indicadores de aluguel, retomando os custos de ocupação históricos. Isso permitiu que ela aumentasse a cobrança dos aluguéis e recebesse aluguéis passados, o que se refletiu em uma inadimplência negativa de 2,3%.

O resultado veio em linha com o esperado para a companhia, dado o nicho de alta renda em que ela está posicionada, adicionado à corroborada propriedade de que o varejo em shoppings no Brasil tende a performar melhor do que nas demais vertentes do segmento.

Devido a esse fator, as ações da Iguatemi e da sua concorrente Multiplan MULT3) têm performado melhor do que os demais players do setor (como Aliansce Sonae e brMalls) e também acima do Ibovespa, tanto no ano quanto nos últimos 30 dias.

As units da Iguatemi fecharam em queda de 2,08% na quinta-feira (14), cotadas a R$ 18,32.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.