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ANÁLISE

Como a crise entre China e Taiwan afeta o seu bolso

Navios e helicópteros militares chineses participam de manobras na costa de Taiwan - GETTY IMAGES
Navios e helicópteros militares chineses participam de manobras na costa de Taiwan Imagem: GETTY IMAGES

Rafael Bevilacqua

10/08/2022 09h35

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Nos últimos dias, as tensões entre China e Taiwan têm escalado e assumido características que sinalizam a possível eclosão de um conflito bélico.

A recente visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha serviu para aflorar os ânimos e incitar a fúria dos chineses, mas está longe de ser o motivo das tensões.

Alguns especialistas em geopolítica já apontavam o risco de uma invasão chinesa a Taiwan quando a Rússia iniciou o ataque à Ucrânia. No caso de Taiwan, a região sequer é vista como uma nação independente pelos chineses, mas sim como um território rebelde pertencente à China.

Desde a visita de Pelosi a Taiwan, a China passou a realizar constantes exercícios militares em regiões próximas à ilha, algo semelhante ao ocorrido em 1995, quando o então presidente taiwanês, Lee Teng-hui havia visitado a Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, onde ele havia estudado.

Nesse contexto, o ministro de Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, afirmou que tais exercícios constituem uma preparação para a invasão da ilha.

Em resposta, tropas taiwanesas realizaram exercícios simulando a defesa de seu território contra uma possível invasão de larga escala.

Diante do risco de conflito, cabe lembrar que a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, ou simplesmente TSMC, é a maior produtora de semicondutores do planeta, e o pequeno país situado na costa chinesa tem um papel fundamental na indústria global, fornecendo componentes utilizados em todo tipo de produto eletroeletrônico.

Estamos passando por um momento de recuperação das cadeias produtivas globais e desaceleração da inflação ao redor do mundo, e uma possível interrupção no fornecimento de componentes tão essenciais para uma gama tão ampla de produtos pode resultar em novas pressões inflacionárias.

Caso ocorra um conflito entre China e Taiwan, podemos esperar uma nova disparada dos preços de eletrodomésticos, computadores, aparelhos celulares, veículos, dentre outros, prejudicando empresas e consumidores ao redor do mundo.

Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes UOL, que têm acesso integral ao conteúdo de UOL Investimentos): informações sobre os resultados do Itaú Unibanco no segundo trimestre de 2022.

Um abraço,

Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante

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