Olá, investidor. Como vai? O FOMC (sigla em inglês para Comitê de Mercado Aberto) dos EUA decidiu manter sua política monetária inalterada, com taxa de juros entre 0% e 0,25%. O que gerou desconforto, porém, foi a elevação na projeção da inflação de 2,2% para 3% a.a. O presidente do Fed, Jerome Powell, admitiu que a inflação pode ser mais alta e persistente do que se esperava. Alguns analistas entenderam essa declaração como sinal de alteração na política expansiva do Fed no curto prazo. No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a Taxa Selic em 0,75 p. p., o que já era esperado pelo mercado, para 4,25% ao ano. Pressionado pela queda de 3% das ações da Vale, somada à fala cautelosa do Fed, o Ibovespa fechou em queda de 0,46%, na casa dos 129 mil pontos. E hoje, o que esperar? As bolsas ao redor do globo operam em queda após a mudança de postura de membros do FOMC nos EUA. Além da nova percepção sobre inflação maior em 2021, preocupa a quantidade de membros que esperam elevação nas taxas de juros em 2023. Ontem, as bolsas nos EUA chegaram a cair forte após a divulgação da Ata. Powell, porém, acalmou o mercado com sua entrevista em tom de tranquilidade sobre o ritmo de retirada de estímulos. O suspense deve permanecer pelos próximos meses, até que fique mais claro se a política monetária vai precisar ou não de ajustes. No Brasil, o mercado deve reagir bem ao comunicado do Copom, firme no compromisso com o controle de preços. O fator que pode atrapalhar por aqui é a política, com as indefinições envolvendo a aprovação da MP da Eletrobras. A falta de consenso para avançar com a proposta deve alterar a percepção do mercado sobre a possibilidade de reformas. No 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia+): a aprovação da aquisição da Linx pela Stone e o follow-on do Grupo Soma. Um abraço, Felipe Bevilacqua. Analista de Investimentos de Levante CNPI - Analista certificado pela Apimec Gestor CGA - Gestor de Fundos certificado pela Anbima Administrador de Recursos e Gestor autorizado pela CVM Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. Ainda não é assinante do UOL Economia+? Conheça as vantagens de ter o conteúdo exclusivo sobre investimentos. |