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Compra por tristeza? Como não tomar decisões financeiras guiadas por emoção

06/10/2021 04h00

Você é do tipo de pessoa que vai às compras quando bate aquela tristeza? Quando está alegre, sempre compra um presentinho? Gosta de ir a restaurantes quando acaba mais uma semana cansativa?

Se você não faz nenhuma dessas coisas, com certeza conhece ou já ouviu histórias de alguém que faz. A emoção move muitos de nossos gastos e existe até uma área que estuda essa relação, chamada de economia comportamental.

Aprenda mais sobre isso e entenda como evitar gastos desnecessários a partir das emoções.

Entenda o que é economia comportamental

Lembra quando você era criança e queria ter o mesmo brinquedo que seu amiguinho, simplesmente para ter igual? Será que hoje você ainda pensa assim ou sua relação com dinheiro mudou? É isso que a economia comportamental tenta entender.

Ela estuda como fatores emocionais, sociais, culturais e psicológicos afetam nossas escolhas na hora de consumir.

Muitas vezes deixamos a razão em segundo plano na hora de gastar, e quando isso acontece surge o famoso arrependimento ou coisa pior, como dívidas e parcelas criadas pelas compras por impulso.

Como e quando surgiu?

A economia comportamental surgiu na década de 1950, quando pesquisadores decidiram reunir suas descobertas para entender como funcionavam as tomadas de decisão das pessoas.

A economia tradicional acreditava que todo mundo sempre tinha o pé no chão na hora de decidir como usar o dinheiro. Mas, se isso é verdade, por que tanta gente se endivida, faz escolhas erradas e perde boas oportunidades?

Foi pensando nesses casos que psicólogos resolveram pesquisar ainda mais sobre a relação entre finanças e comportamento ao longo dos anos 1970.

Além de analisar as pessoas, a economia comportamental também estuda as marcas e tenta entender como algumas delas usam emoções e estímulos para convencer os clientes.

E não pense que isso é apenas um boato. Google e a Coca-Cola são exemplos de empresas que já usaram essa técnica em suas campanhas para atingir em cheio o público.

Confira como funciona a economia comportamental na prática

Para deixar tudo bem claro, separamos três pontos importantes:

  1. Como a ansiedade mexe com as nossas decisões na hora de gastar;
  2. A relação entre economia comportamental e aposentadoria;
  3. Como usar esse conhecimento para organizar melhor suas finanças.

Como a ansiedade afeta nosso bolso?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros sofrem de algum tipo de ansiedade, e alguns estudos estão tentando provar que esse sentimento tem tudo a ver com dinheiro.

Uma pesquisa do Instituto de Políticas sobre Dinheiro e Saúde Mental, do Reino Unido, revelou que a ansiedade pode afetar a maneira como gastamos.

O estudo mostrou que 93% das pessoas gastam mais do que devem, cerca de 50% fazem empréstimos sem necessidade e 71% deixam de pagar suas dívidas. Tudo por conta da ansiedade.

A pesquisa também revelou que quando os entrevistados se sentem ansiosos, tomam péssimas decisões financeiras.

A economia comportamental e aposentadoria

Um bom exemplo do que a economia comportamental estuda é a relação com o futuro. De acordo com a teoria, quem pensa no futuro costuma poupar mais e gastar menos, de olho na aposentadoria.

As pessoas que desejam ter uma vida tranquila na terceira idade têm o costume de pensar hoje sobre o que vai ser o amanhã. E isso faz muita diferença no planejamento financeiro porque a tendência delas é sempre diminuir um gasto ou outro para economizar.

A economia comportamental na sua organização financeira

As pesquisas da área mostram que as pessoas sabem que precisam economizar, mas poucas tomam uma atitude. Um dos desafios é acabar com esse problema através de pequenas mudanças no dia a dia. Para tornar a economia um hábito, os pesquisadores costumam focar na felicidade.

O cérebro pensa no curto prazo e na felicidade imediata, por isso, planejar algo no longo prazo pode ser tão complicado.

Veja algumas dicas dos especialistas para te ajudar no controle financeiro

  • Corte o supérfluo: tente eliminar aqueles gastos desnecessários. Toda economia é bem-vinda, ainda mais quando não afeta a rotina;
  • Aumente as opções: escolha marcas mais baratas, vá a supermercados no estilo atacado, troque o pacote de TV por outro mais básico. Existem maneiras de variar suas opções sem perder o estilo de vida ao qual você está acostumado;
  • Arredonde para cima: ao listar as contas do mês, arredonde tudo para cima. Por exemplo, a conta de luz deu R$ 96? Arredonde para R$ 100. O dinheiro que sobra deve ser guardado;
  • Resista ao parcelamento: sim, nós sabemos que não é fácil, mas lembre-se que o ideal é sempre pagar à vista.

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