No Brasil, a Bolsa deve acompanhar o exterior, já que agenda interna está esvaziada. Inicialmente marcada para ontem (4), a votação do projeto que taxa fundos de investimento offshore e exclusivos — os chamados fundos de "super-ricos" — foi adiada para o dia 24, depois que o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), voltar de uma viagem de 10 dias ao exterior. Enquanto isso, a equipe econômica vem tentando articular parcerias para conseguir aumentar a arrecadação e cumprir as metas fiscais. Futuros americanos caem em meio à alta dos juros dos títulos públicos (Treasuries). Hoje, os investidores repercutem a pesquisa semanal sobre pedidos de auxílio-desemprego e a atualização da balança comercial, além de comentários de diversas autoridades do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos). Amanhã (6) sai o relatório de emprego conhecido como "payroll", que engloba os setores privado e público. Esses dados geralmente têm forte influência nas decisões de política monetária do Fed, que já sinalizou a manutenção dos juros altos por mais tempo. Bolsas europeias operam sem direção única, à espera do discurso do vice do BCE. Ontem, em evento no Chipre, Luís de Guindos reafirmou que a inflação na Zona do Euro deve continuar alta por muito tempo, embora siga em tendência de queda. Na França, desta para as ações do Casino, que subiram significativamente na véspera depois que o grupo varejista chegou a um acordo final com credores para reestruturar suas finanças. Investidores também monitoram os títulos do Tesouro americano, que voltaram a subir. Mercados da Ásia e do Pacífico encerraram o dia majoritariamente em alta. O índice japonês Nikkei subiu 1,8%, enquanto o Hang Seng avançou 0,1% em Hong Kong e o Taiex teve alta de 1,11% em Taiwan. Na direção contrária, o Kospi fechou em leve queda de 0,09% na Coreia do Sul. A predominância do apetite por risco veio após a alta de ontem das Bolsas americanas, que se recuperaram parcialmente das fortes perdas em pregões anteriores. As Bolsas da China seguem fechadas devido ao feriado da Semana Dourada. Preços do petróleo recuam após salto inesperado nos estoques de gasolina nos EUA. Ontem, a commodity já havia registrado baixa, mesmo depois de a Opep+ (Organização dos Países Produtores e Petróleo e seus aliados) decidir manter os níveis de produção e anunciar o compromisso da Arábia Saudita de levar até dezembro o corte adicional de 1 milhão de barris por dia. Paralelamente, a Rússia comunicou que vai prorrogar até dezembro o corte de 300 mil barris por dia. EMPRESAS Em recuperação judicial, Saraiva protocola pedido de autofalência em São Paulo. Ao longo dos últimos anos, sem conseguir se reerguer, a Saraiva reduziu sua operação física e foi focando cada vez mais no online. No último dia 20, a companhia demitiu os funcionários de suas últimas 5 lojas. Oi anuncia reajuste no valor da venda de seu braço móvel. O Tribunal da Câmara Arbitral homologou um acordo feito com TIM, Telefônica Brasil e Claro para ajustar o valor pós-fechamento da operação de venda dos ativos móveis da Oi, que está em recuperação judicial. Ficou definido que o total devido à Oi pela aquisição da UPI Ativos Móveis é de R$ 15,19 bilhões, tendo como referência a data de fechamento da negociação. Na ocasião, em 20 de abril de 2022, a Oi havia recebido R$ 14,5 bilhões. Agora levantou mais R$ 821,4 milhões com o acordo. Gerdau e Metalúrgica Gerdau atualizam projeções de investimentos e retornos anuais. A administração das companhias espera que os investimentos estratégicos somem R$ 11,9 bilhões entre 2021 a 2026. Deste total, já foram investidos 27,7% (ou R$ 3,3 bilhões), ao passo que os 73,3% restantes (ou R$ 8,6 bilhões) são projetados para os próximos anos (período de 2024 a 2026). O retorno potencial é estimado em R$ 4 bilhões de Ebitda. "Vale dizer que cerca de 15% desse valor (ou R$ 600 milhões) já foram capturados no Ebitda, ao passo que 85% (R$3,4 bilhões) ainda poderão ser adicionados à rentabilidade das companhias em seus resultados futuros", disseram. ************ Veja o fechamento de dólar, euro e Bolsa na quarta-feira (4): Dólar: -0,03%, a R$ 5,153 Euro: +0,39%, a R$ 5,419 B3 (Ibovespa): +0,17%, aos 113.607,45 pontos NA NEWSLETTER UOL INVESTIMENTOS O dólar já voltou a bater R$ 5, e os juros nos EUA não sinalizam queda no futuro próximo. Para o investidor que pensa em aplicar no exterior, o momento pode ser de oportunidade. Na newsletter UOL Investimentos, você fica sabendo quando investir lá fora pode ser uma maneira de proteger parte do seu patrimônio. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. PUBLICIDADE | | |