Decisão do Copom sobre os juros é o grande destaque do mercado hoje

Getty Images/iStockphoto

Bom dia, investidores,

Veja quais são os destaques desta quarta (11):

Hoje, o Copom (Comitê de Política Monetária) realiza sua última reunião sob o comando de Roberto Campos Neto.
O mercado projeta uma elevação de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, levando a Selic a 12% ao ano. A decisão busca conter os efeitos da alta do dólar e da recente pressão nos preços dos alimentos.
A definição da Selic será divulgada à noite, com grande expectativa sobre os possíveis impactos na economia, especialmente no custo de crédito e na dinâmica inflacionária.

Às 9h, o IBGE divulgará os números de crescimento do setor de serviços referentes a outubro. No mês anterior, o segmento apresentou alta mensal de 1,0%, atingindo um novo pico histórico, superando o recorde anterior registrado em julho.
O desempenho refletiu uma retomada consistente da demanda, beneficiada pela maior oferta de crédito, mesmo em um cenário de juros elevados.
O setor de serviços, responsável por mais de 60% do PIB brasileiro, tem sido um dos pilares da recuperação econômica.

Mesmo com o presidente Lula afastado para tratamento de saúde, o governo tenta avançar com o pacote fiscal no Congresso.
Alexandre Padilha, Fernando Haddad, Rui Costa e Jorge Messias lideram as negociações, buscando garantir a aprovação ainda este ano.
Ontem, o governo retomou o pagamento das emendas parlamentares, uma condição exigida pelos presidentes da Câmara e do Senado para votar os ajustes.
A demora pode prejudicar a aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2025, essencial para evitar paralisações orçamentárias no próximo ano.
O movimento é estratégico, mas enfrentará um cenário político desafiador, especialmente com o recesso parlamentar se aproximando.

Às 10h30, o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos publicará o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de novembro, além do núcleo da inflação, que exclui itens voláteis como energia e alimentos.
Em outubro, o CPI subiu 0,2% na comparação mensal, mantendo o mesmo ritmo de setembro, enquanto a inflação acumulada em 12 meses acelerou de 2,4% para 2,6%.
Para novembro, espera-se uma leve alta na inflação geral, com os custos de habitação figurando entre os principais impulsionadores.
O relatório pode influenciar diretamente as decisões do Federal Reserve em sua reunião de política monetária nos dias 17 e 18 de dezembro.
Apesar da inflação ainda acima da meta de 2%, o mercado aposta que o banco central americano iniciará cortes nos juros, reduzindo a taxa em 0,25 ponto percentual.

Veja o fechamento de dólar e Bolsa na terça (10):

Tem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br.