IPCA desacelera para 0,16% em janeiro, ante 0,52% em dezembro
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, fechou o mês de janeiro de 2025 em alta de 0,16%, ante avanço de 0,52% em dezembro, conforme informou nesta terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, essa é a menor taxa para o IPCA de janeiro desde o início do Plano Real, em 1994.
Com o número divulgado nesta terça, a inflação no Brasil acumula uma alta de 4,56% em 12 meses, o que representa uma desaceleração frente a dezembro do ano passado, quando o IPCA acumulado era de 4,38%.
Cinco dos nove grupos do IPCA tiveram alta nos preços em janeiro. Os grupos de Transportes e Alimentação e Bebidas tiveram as maiores altas percentuais e os maiores impactos sobre a inflação de janeiro.
Os preços de transportes tiveram alta de 1,30%, impactando o índice em 0,27 p.p. Já o grupo de Alimentação e Bebidas subiu 0,96% no período, com impacto de 0,21 p.p. sobre o índice.
Já o preço médio da energia elétrica residencial caiu 14,21%, como resultado da incorporação do bônus de Itaipu que foi creditado nas faturas do mês.
Assim, o grupo de Habitação, do qual a energia elétrica residencial faz parte, recuou 3% em janeiro, contribuindo para uma queda de 0,44 p.p. no IPCA.
“É um desconto temporário das tarifas de energia, principalmente em janeiro, mas que ainda trará um impacto em fevereiro. Então, com essa queda, o IPCA acumulado de 12 meses fica 4,56%, ainda acima do teto da meta do Banco Central, que é de 4,5%. Vale frisar que essa desaceleração já era amplamente aguardada, só que a gente não terá esse efeito para os próximos meses. Então, a gente deve ter uma aceleração da inflação daqui para frente”, afirma o planejador financeiro Marcelo Bolzan.
Confira o resultado do IPCA de janeiro por grupos:
- Alimentação e bebidas: 0,96%;
- Habitação: -3,08%;
- Artigos de residência: -0,09%;
- Vestuário: -0,14%;
- Transportes: 1,30%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,70%;
- Despesas pessoais: 0,51%;
- Educação: 0,26%;
- Comunicação: -0,17%.
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