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Santander (SANB11) lucra R$ 3,9 bi no 1T25, alta de 27,8% na comparação anual

O Santander Brasil (SANB11) registrou lucro líquido gerencial de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 27,8% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionado por ganhos operacionais, controle de custos e avanço na margem financeira com clientes, conforme relatório publicado nesta quarta-feira (30).

A rentabilidade também melhorou: o ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido médio) avançou para 17,4% ? crescimento de 3,3 pontos percentuais em 12 meses. O índice de eficiência, indicador que mede a relação entre receitas e despesas operacionais, caiu para 37,2%, o melhor patamar dos últimos três anos.

Segundo o CFO Gustavo Alejo, o desempenho reflete "a execução consistente da estratégia voltada para diversificação, foco no cliente e disciplina na alocação de capital". O banco segue priorizando ativos de maior retorno e perfil de risco controlado.

Santander: o que impulsionou resultados no 1T25?

O resultado positivo foi puxado por diversos fatores combinados:

  • Margem com clientes robusta: R$ 15,8 bilhões, alta de 9,5% em 12 meses, mesmo com estabilidade trimestral. O crescimento decorre do aumento de volumes e spreads, em especial na carteira de crédito para pessoa física.
  • Despesas sob controle: os gastos operacionais recuaram 2,9% no trimestre, com destaque para menores despesas com pessoal e publicidade. No ano, o avanço foi de 4,4%, abaixo da inflação.
  • Receitas com serviços resilientes: apesar da queda trimestral de 6,9% nas comissões ? explicada por sazonalidade e reclassificações contábeis ?, houve alta de 5,1% em 12 meses. Destaques positivos incluem cartões (+14,7%), seguros (+8%) e administração de recursos (+12,5%).
  • Expansão seletiva do crédito: a carteira ampliada atingiu R$ 682,3 bilhões, crescimento de 4,3% na comparação anual. A maior contribuição veio de financiamento ao consumo e pequenas e médias empresas, enquanto grandes empresas tiveram retração.
  • Captações equilibradas: o banco avançou no mix de passivos, com destaque para pessoas físicas, que passaram a representar 45% do total. As captações somaram R$ 651,5 bilhões (+4,5% YoY).

Já o índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,3% no trimestre, alta de 0,1 p.p., refletindo pressão no segmento de PMEs. Apesar disso, a qualidade da carteira permanece dentro do nível considerado saudável pelo banco.

O custo de crédito foi de 3,7%, estável, mas já incorporando os novos critérios da Resolução CMN nº 4.966/21, que alteraram a metodologia de provisão.

Este material foi elaborado exclusivamente pelo Suno Notícias (sem nenhuma participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo nenhum tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco. Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.

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