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Caixa Seguridade (CXSE3) tem lucro no R$ 1 bi no 1T25; o que o mercado achou?

A Caixa Seguridade (CXSE3) anunciou um lucro líquido gerencial de R$ 1,0 bilhão no primeiro trimestre de 2025, representando um crescimento de 9,2% em relação ao mesmo período de 2024. O retorno sobre o patrimônio líquido recorrente (ROE) ficou em 58,6%, apresentando uma leve elevação de 0,02 p.p. na comparação anual.

As receitas operacionais totalizaram R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 766,8 milhões (55,5%) provenientes de investimentos em participações, com destaque para os resultados históricos das empresas Caixa Consórcio, Caixa Residencial e Caixa Capitalização. Já R$ 614,6 milhões (44,5%) vieram de comissionamento, avançando 13,1% ano a ano.

Em termos de prêmios emitidos, a empresa registrou R$ 2,3 bilhões, uma redução de 1,2% em comparação ao 1T24, principalmente devido à queda significativa nas emissões de seguros prestamista (-33,3% a/a). Por outro lado, os segmentos habitacional e residencial apresentaram avanços consistentes de 12,4% e 26,5%, respectivamente.

O índice de sinistralidade do trimestre foi de 24,6%, um aumento de 3,0 p.p. frente ao ano anterior, influenciado pela alta do ramo prestamista e pelo aumento das provisões relacionadas a processos judiciais no âmbito da parceria em run-off. Além disso, a empresa aprovou o pagamento de dividendos no valor de R$ 0,31 por ação, representando 92,1% do lucro líquido ajustado, com pagamento previsto para 15 de agosto de 2025.

Caixa Seguridade (CXSE3): o que dizem os especialistas?

A BB Investimentos apresentou uma análise mista do resultado da Caixa Seguridade, considerando o desempenho do 1T25 como “neutro”. Embora a companhia tenha registrado crescimento de 10,5% nas receitas operacionais e alcançado um lucro líquido gerencial de R$ 1,0 bilhão (+9,2% a/a), o resultado foi impactado negativamente pela redução no ramo prestamista, que afetou a receita de corretagem.

Para os analistas, a consistência no crescimento dos negócios de acumulação, como previdência privada, consórcios e capitalização, é um ponto positivo. Eles destacaram também a importância do segmento habitacional e os avanços em outros ramos de seguros, como o residencial, que continuam a ser sustentáculos para a performance positiva da empresa.

Porém, a queda expressiva nas emissões de prêmios prestamistas foi um fator crucial que limitou o desempenho geral. De acordo com a BB Investimentos, o índice de sinistralidade de 24,6%, que sofreu um aumento de 3,0 p.p. na comparação anual, também gerou preocupações, principalmente devido ao impacto do ramo prestamista. O banco manteve a recomendação de compra para as ações da Caixa Seguridade, com preço-alvo de R$ 18,00 para o final de 2025, com um potencial de valorização de 15,9%. A expectativa de uma possível recuperação nas emissões de seguros prestamistas, com a introdução de novas modalidades de crédito, também contribui para uma visão positiva no médio prazo.

Já o BTG Pactual destacou que, apesar do crescimento robusto nas receitas operacionais e no lucro líquido da Caixa Seguridade, o impacto da queda nas emissões de seguros prestamistas foi substancial, resultando em uma visão mais cautelosa sobre o curto prazo. O banco mencionou que a sinistralidade mais alta, especialmente no ramo prestamista, poderia pressionar os resultados futuros.

O BTG reforçou que a recuperação dos volumes de seguros prestamistas será fundamental para a manutenção do crescimento sustentável da empresa. A recomendação do banco continua sendo neutra, com expectativa de que a Caixa Seguridade possa melhorar sua performance no longo prazo à medida que o cenário de juros elevados persista.

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Por fim, a XP Investimentos avaliou positivamente os avanços no segmento habitacional, que teve uma contribuição significativa para o desempenho da empresa. A XP também ressaltou a melhoria nos resultados financeiros das participações, o que ajudou a compensar a queda nas emissões do ramo prestamista. Contudo, a corretora destacou que o aumento da sinistralidade, especialmente no ramo prestamista, pode ser um fator de risco para os próximos trimestres.

Este material foi elaborado exclusivamente pelo Suno Notícias (sem nenhuma participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo nenhum tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco. Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.

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