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Ibovespa emenda 3ª queda, mas acumula alta em maio após máximas históricas

O Ibovespa emendou seu terceiro pregão de queda nesta sexta-feira (30), mas os avanços obtidos ao longo do mês, em que a Bolsa renovou suas máximas históricas e ultrapassou os 140 mil pontos pela primeira vez, foram suficientes para o terceiro mês seguido com resultado positivo acumulado, com ganho de 1,45%.

O índice da B3 fechou o dia em 137.026,62 pontos, queda de 1,08% em relação ao resultado da véspera, depois de oscilar dos 136.725,85 aos 138.637,35 pontos. Na semana, que havia começado com dois dias seguidos de alta, o resultado acumulado foi negativo em 0,58%.

Embora o giro financeiro tenha ficado acima da média, a R$ 31,3 bilhões, o tom do pregão foi de cautela generalizada, com a combinação de temores internos, como o risco fiscal e a dificuldade de entendimento entre o governo e o Congresso, com o peso das tensões comerciais globais, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reacendeu o risco de uma guerra comercial ao acusar a China de violar o acordo tarifário firmado em maio.

"Isso gerou uma nova onda de aversão a risco, e o mercado reagiu com queda das bolsas e alta do dólar", explicou Christian Iarussi, sócio da The Hill Capital. "O mercado começa a jogar no preço uma escalada de tensões comerciais por período prolongado, com efeito no câmbio e busca por proteção no dólar, uma dinâmica com efeito para Brasil e outros emergentes", completa Bruna Centeno, economista e advisor na Blue3 Investimentos,

Os dados considerados positivos do PIB no primeiro trimestre, com alta de 1,4%, acabaram ficando em segundo plano. A analista da Blue3, porém, aponta que os números podem suscitar cautela com relação a como o BC observará tal atividade na hora de ajustes na política monetária.

Ibovespa: confira as principais altas e baixas do dia

Para as blue chips, o sinal negativo prevaleceu no fechamento, à exceção de Bradesco (BBDC3, +0,58%, BBDC4, +0,75%). A principal ação do Ibovespa, Vale (VALE3), teve peso significativo no ajuste desta sexta-feira, ao fechar em queda de 2,53% em meio à progressão da correção de preços do minério de ferro nos mercados da China.

Essa queda puxou para baixo outros nomes do setor metálico, como CSN (CSNA3, -3,85%) e Gerdau (GGBR4, -3,17%). O dia também foi negativo para Petrobras, que fechou nas respectivas mínimas da sessão tanto em PETR3 (-1,32%) quanto em PETR4 (-1,09%).

Bolsas de Nova York sobem após judicialização de tarifas

As bolsas de Nova York encerraram o dia sem direção única, em mais um pregão marcado por reações a balanços corporativos, indicadores econômicos e tensões renovadas entre Estados Unidos e China. Os investidores chegaram a reagir positivamente aos dados do PCE, que vieram em linha com as expectativas, mas o sentimento piorou em meio a comentários de Trump contra a China.

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Confira os fechamentos do dia em Nova York:

  • Dow Jones: 42.270,07 (+0,13%)
  • S&P 500: 5.911,69 (-0,01%)
  • Nasdaq: 19.113,77 (-0,32%)

O mercado reagiu mal à notícia de que o governo Trump planeja ampliar as restrições ao setor de tecnologia chinês, incluindo subsidiárias de empresas já sancionadas. A informação, divulgada pela Bloomberg, veio poucas horas após Trump acusar a China de descumprir compromissos comerciais.

A escalada nas tensões comerciais ocorre em meio a uma disputa judicial em torno das tarifas. Na quinta-feira, um tribunal de apelações dos EUA suspendeu temporariamente uma decisão anterior que havia bloqueado parte das tarifas aplicadas pelo governo americano.

Este material foi elaborado exclusivamente pelo Suno Notícias (sem nenhuma participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo nenhum tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco. Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.

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