Hapvida (HAPV3) derrete 8% após cortes de analistas
Clínica Hapvida (HAPV3). Foto: Site Hapvida - Reprodução Seguindo na toada negativa desde a última semana de 2022, a Hapvida (HAPV3) cai pouco mais de 8% no intradia desta segunda-feira (9), figurando como a maior queda do Ibovespa. A companhia do segmento de saúde sofreu um recente corte nas suas estimativas por parte de analistas […]
Seguindo na toada negativa desde a última semana de 2022, a Hapvida (HAPV3) cai pouco mais de 8% no intradia desta segunda-feira (9), figurando como a maior queda do Ibovespa.
A companhia do segmento de saúde sofreu um recente corte nas suas estimativas por parte de analistas que agora estimam um aumento da sinistralidade com os dados da Agência Nacional de Saúde (ANS), além de levarem em consideração os resultados do terceiro trimestre de 2022 da Hapvida.
O Bradesco BBI e o JP Morgan rebaixaram os papéis HAPV3 de recomendação de compra para neutro, com preços-alvo de R$ 6,50 e R$ 5,50, respectivamente.
Além disso, o Bank of America (BofA) também cortou suas previsões para a companhia, revertendo as projeções positivas de relatórios anteriores.
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Os analistas da casa estimam um preço-alvo de R$ 6.
“Os resultados estão deteriorando significativamente desde o M&A com a NotreDame Intermédica (GNDI3) e acreditamos que a companhia está passando por mudanças estruturais, especialmente em termos de MLR [medical loss ratio, em inglês; um indicador de sinistralidade]”, diz o BofA.
Além disso, os analistas destacam os múltiplos atuais, considerados excessivos. As ações da Hapvida negociam cerca de 29x o lucro estimado para 2023.
O BBI destacou ter uma visão “mais cautelosa” com as margens após ver os números do último trimestre, além de cortar em 18% as estimativas para o Ebitda e 40% as projeções de lucro – para R$ 3,65 bilhões e R$ 965 milhões, respectivamente.
Corte do JP Morgan para Hapvida
Vindo na sexta (6), o corte do banco americano veio com uma sinalização de que a companhia tem um cenário difícil a enfrentar nos próximos dois anos, apesar de estimar um eventual ganho de market share e (participação de mercado, do inglês) no segmento de planos de saúde.
A fusão com a Intermédica também é citada como um fator negativo, podendo gerar ruídos e impactar a gestão da companhia.
"Embora ainda vejamos a empresa como um ganhador estrutural de market share dentro planos de saúde privados, principalmente se tivermos uma perspectiva positiva para o mercado de trabalho, acreditamos que os próximos 24-30 meses devem ser mais desafiadores do que o mercado espera", destacam os especialistas sobre a Hapvida.
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