Embraer (EMBR3) prevê demanda de 11 mil novas aeronaves em 20 anos, avaliadas em US$ 650 milhões
A Embraer (EMBR3) divulgou hoje suas perspectivas do mercado para a aviação comercial nos próximos 20 anos. Entre elas, está a demanda de 11 mil jatos jato e turboélices com até 150 assentos, avaliados em US$ 650 bilhões (R$ 3,1 bi, na cotação atual)
Segundo Arjan Meijer, presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, essa categoria de aviões tem o potencial de manter a conectividade da malha aérea, e observa que o trabalho remoto e a uma indústria mais sustentável vão afetar a forma como as pessoas viajam e a procura por novas aeronaves da Embraer.
A fabricante de aviões espera que o tráfego mundial de passageiros, medido em receita de passageiro/quilômetro (RPK, na sigla em inglês), retorne aos níveis de 2019 até o ano que vem, como resultado de uma recuperação prolongada da pandemia, da geopolítica e de mudanças na dinâmica do setor. "Os RPKs globais crescerão 3,2% ao ano até 2042", disse a companhia em comunicado.
A Embraer listou, ainda, as principais tendências que estão moldando a demanda futura por viagens e aeronaves, como a fragmentação da economia global, os impactos da sustentabilidade no mercado, assim como a necessidade de flexibilidade da frota para lidar com uma demanda incerta.
American Airlines adquire jatos da Embraer
Nesta terça-feira (20), a American Airlines (AALL34) assinou um contrato para compra de sete novos jatos Embraer E175, que serão operados pela subsidiária Envoy Air. O negócio está avaliado em US$ 403,4 milhões, com entregas no quarto trimestre de 2023.
Com a aquisição, a frota de E-Jets da fabricante de aviões na Envoy Air crescerá para 141 aeronaves ao fim de 2024. "O E175 é a espinha dorsal da rede regional dos Estados Unidos, com mais de 620 aeronaves vendidas, e tendo 86% de participação de mercado desde 2013", disse Meijer, em comunicado.
Outras aquisições
A Binter, companhia aérea das Ilhas Canárias, fez um pedido firme de seis aviões Embraer E195-E2, conforme comunicado divulgado nesta terça-feira. O negócio está avaliado em US$ 504,7 milhões, com entregas a partir do segundo semestre de 2024. Após a conclusão das entregas, a Binter terá uma frota de 16 jatos E2.
"O E2 tem sido um diferencial para a Binter. Os nossos clientes estão muito satisfeitos com a aeronave, especialmente com o silêncio durante o voo. O desempenho em economia de combustível e em manutenção também tem sido melhor do que o esperado. O E2 tem comprovado ser a aeronave perfeita para liderar o nosso ciclo de crescimento", afirma Rodolfo Núñez, presidente da Binter, em nota.
Também hoje, a Embraer revelou em comunicado que a Avolon, empresa de leasing de aeronaves, assinou um acordo de venda e arrendamento com a Porter Airlines para 10 novas aeronaves Embraer E195-E2, com preço de lista de US$ 841,2 milhões.
As novas aeronaves irão apoiar a expansão da Porter para rotas domésticas no Canadá e, no futuro, para a América do Norte. Essa é a primeira aquisição de aeronaves da família E2 pela Avolon, apoiando a meta da companhia de 75% de aeronaves de nova geração até 2025.
A Embraer também divulgou nesta terça-feira que a Azorra, do setor de leasing, como sendo o cliente não revelado de um pedido de 15 aeronaves E195-E2, anunciado em janeiro deste ano. O pedido, avaliado em US$ 1,2 bilhão, conforme preço de lista, foi acionado à carteira de pedidos no quarto trimestre de 2022.
"Com base em nosso sucesso com o E2, estamos orgulhosos em expandir nosso firme compromisso com a Embraer de 20 para 35 aeronaves", afirmou Ron Baur, presidente da Azorra, em comunicado.
Republic Airways entra em projeto da Embraer
A Republic Airways, uma das maiores companhias aéreas regionais dos Estados Unidos, uniu-se ao grupo consultivo do projeto "Energia", da Embraer.
O grupo é formado por um time de companhias aéreas, empresas de leasing de aeronaves, fornecedores e outros especialistas em aviação que assessoram a iniciativa para desenvolver aeronaves sustentáveis para o futuro.
As empresas vão colaborar para determinar requisitos como infraestrutura, assistência em solo, desempenho da aeronave e espaço para carga. Além disso, o grupo do projeto da Embraer ajudará a acelerar o tempo de chegada no mercado e, por fim, auxiliará na decisão de qual aeronave do projeto chegará primeiro.
Cotação da Embraer
Perto das 13h, as ações ordinárias de Embraer caíam 3,27%, a R$ 19,54.
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