Ibovespa vira para queda após ata do Copom; Petrobras (PETR4) cai, Vale (VALE3) e Magazine Luiza (MGLU3) avançam
O Ibovespa abriu em alta de 0,42% nesta terça-feira (27), após divulgação da ata do Copom e da prévia da inflação de junho, representada pelo IPCA-15. No entanto, por volta das 10h50, virou para queda de 0,44%, aos 117.725,37 pontos.
A ata do Copom apontou uma certa divergência no colegiado sobre o grau de sinalização dos próximos passos do Banco Central, mas disse que a opinião predominante é de que já se teria uma confiança para sinalizar "um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião".
Pela manhã, o Ibovespaacompanhava o exterior, já que as bolsas dos Estados Unidos operam majoritariamente em alta, por volta das 10h45.
- S&P 500: +0,38
- Nasdaq: +0,48%
- Dow Jones: +0,37%
Entre os destaques, Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) subiam pela manhã, puxando o índice para cima. Posteriormente, as ações preferenciais da petroleira viraram para queda de 0,36%, enquanto as ordinárias registram baixa de 0,41%. Enquanto isso, a mineradora valoriza 1,17%.
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) sobem cerca de 1,47%, Via (VIIA3) e outras varejistas acompanham o movimento.
Além disso, também avançam as ações de grandes bancos, empresas aéreas, construtoras, siderúrgicas e educação.
Ata do Copom aponta divergência sobre grau de sinalização dos próximos passos do Banco Central
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou nesta terça (27) a ata da reunião realizada nos dias 20 e 21 de junho, quando a entidade decidiu por manter a Selic em 13,75% ao ano.
A ata do Copom apontou uma certa divergência sobre qual seria o grau de sinalização em relação aos próximos passos a serem tomados nas reuniões futuras pelo colegiado.
O documento aponta que a opinião que predomina no colegiado é de que já se tem uma certa confiança para sinalizar "um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião".
Por outro lado, parte do Copom entende que a dinâmica de desinflação continua refletindo a desaceleração de componentes voláteis, trazendo dúvidas em relação ao impacto do aperto monetário que já havia sido praticado.
"Entretanto, os membros do Comitê foram unânimes em concordar que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos", diz a ata do Copom.
IPCA-15 desacelera em junho, mas fica pouco acima das expectativas
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que representa a prévia da inflação do Brasil, subiu 0,04% no mês de junho, conforme comunicado pelo IBGE nesta terça-feira (27).
O IPCA-15 ficou ligeiramente acima das projeções dos analistas do mercado, já que o consenso Refinitiv estimava que a variação seria de 0,01%.
Assim, mais uma vez o IPCA-15 acumulado de 12 meses voltou a desacelerar, registrando 3,40% no intervalo de 1 ano. Nos últimos 12 meses até maio, a prévia da inflação acumulada era de 4,07%.
Segundo Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, Entre os destaques positivos está uma "boa desaceleração nos combustíveis, principalmente a gasolina que teve uma variação negativa de -3,4%, que já era esperado pelo mercado".
Por outro lado, a surpresa negativa veio com transporte público, sobretudo com as passagens áreas, que registraram uma variação de +10,7%, com impacto dos preços do querosene de aviação, que não teve baixa.
Também influenciou no índice a energia elétrica residencial, com um bom peso no IPCA-15, tendo variação de +1,4% em junho, juntamente com aluguel, que teve variação de +1,6%.
"Tivemos uma batida nos DI's e a principal causa foi a ata do Copom, que deu a entender para o mercado em um trecho da ata, que a porta para o corte em agosto está aberta, inclusive nas opções do Copom para a reunião de agosto, a probabilidade de corte de -0,25% na Selic saiu de 47% para 63% agora" diz Fernandes.
Petrobras (PETR4) quer levantar US$ 1,25 bilhão com emissão no exterior; Petróleo recua
A Petrobras (PETR4) anunciou na manhã desta terça (27) a precificação de uma nova emissão de títulos, com valor total de US$ 1,25 bilhão. A emissão será feita por meio da sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. (PGF).
Os títulos têm uma remuneração de 6,5% ao ano, com vencimento em 2033. Os pagamentos de juros vão ocorrer nos dias 3 de janeiro e 3 de julho de cada ano, começando por janeiro de 2024.
Enquanto isso, os contratos futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã. O petróleo do tipo Bent tinha queda de 0,98% por volta das 9h50, a US$ 73,62, considerando os contratos mais líquidos para setembro.
Já os contratos do petróleo WTI mais negociados para agosto registravam desvalorização de 1,10%, a US$ 68,61.
Maiores altas e baixas do Ibovespa hoje
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (26) em baixa de 0,62%, aos 118.242 pontos.
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