Ações de bancos e lojas foram as mais movimentadas nas indicações do mês

Ações de bancos e de empresas de comércio tiveram grande movimentação nas carteiras recomendadas por analistas para este mês, segundo acompanhamento feito pelo UOL Economia+. No segmento bancário, houve duas inclusões e cinco substituições de papéis no período. Entre as cadeias de lojas, três estrearam na lista geral de indicações e três foram excluídas.

• Conheça o UOL Economia+, serviço completo de orientação financeira do UOL para assinantes.

Confira a seguir os detalhes das mudanças feitas nesses segmentos pelas oito instituições monitoradas pelo UOL Economia+:

Relacionadas

Confira o desempenho das 3 ações mais indicadas em fevereiro

Bitcoin: vale a pena comprar, e quanto colocar na carteira?

Com polêmicas, vale a pena trocar ações da Petrobras por energia limpa?

Itaú PN deixa três portfólios

As ações preferenciais (PNs) do Itaú lideram as substituições feitas no setor de bancos, tendo deixado três carteiras recomendadas para março: da Ágora Investimentos, do BTG Pactual e da Guide.

As outras exclusões no segmento foram dos papéis do Bradesco (PNs), pela Mirae Asset Corretora, e do Banco do Brasil (ordinários - ONs), retirados pela Necton Investimentos.

Do lado das estreias, as units (cesta de ações) do Banco BTG Pactual ingressaram na seleção feita pela Guide e as do Banco Inter foram incorporadas ao portfólio da Mirae.

"O BTG Pactual segue apresentando bons resultados, mesmo em meio a um cenário de impactos econômicos da covid-19 em 2021", diz a Guide, em relatório. "No segmento de crédito, a carteira do segmento corporate [empresas] mantém a boa performance, com risco de crédito reduzido e melhora nos spreads bancários [diferença entre os juros que os bancos pagam a quem investe e o quanto cobram pelo empréstimo]."

A corretora acredita ainda que a expansão do BTG para o segmento digital deve continuar resultando em maior alavancagem das operações, com expansão do portfólio de produtos, atingindo setores ainda pouco explorados.

Sobre o Inter, a Mirae destaca que a instituição encerrou 2020 com R$ 44 bilhões em ativos sob custódia, um crescimento anual equivalente a 136%. O banco alcançou ainda a marca de 1.200 clientes ativos na plataforma de investimentos no quarto trimestre do ano passado. Para a corretora, as receitas nesse intervalo mais do que compensaram o aumento das despesas —e o lucro líquido de R$ 22 milhões ficou "acima da expectativa".

Americanas faz duas estreias; Renner sai

As ações PN das Lojas Americanas foram incluídas pelo BTG Pactual e pela MyCap em suas carteiras recomendadas para este mês.

De acordo com relatório do BTG, a escolha deriva de uma combinação de fatores. "Acreditamos que suas operações de B&M (varejo físico) resilientes irão se recuperar gradualmente e esperamos que a combinação potencial da LAME [Lojas Americanas] e B2W [braço digital do grupo] destaque a operação multicanal da LAME e ajude em uma reavaliação da ação", diz a corretora.

No dia 19 de fevereiro, as Lojas Americanas e a B2W comunicaram estudos para avaliar uma potencial combinação de seus negócios, com o objetivo de "maximizar a experiência do cliente em uma nova jornada de criação de valor".

O anúncio da operação, diz a MyCap, motivou a escolha pelas ações da Americanas. A instituição ressalta os ganhos operacionais com o negócio e enxerga "elevado potencial de valorização" dos papéis, por estarem descontados em relação a seus pares setoriais.

Em outro segmento do varejo, ligado à construção civil, as ações das Lojas Quero-Quero fizeram sua estreia na carteira escolhida pela BB Investimentos para este mês. Em relatório, a instituição afirma que este ramo de negócio se mostrou bastante resiliente ao longo de 2020 e deve se favorecer de medidas governamentais para o combate à nova onda de covid-19. Para a corretora, "quanto mais gente em casa, maior tem sido a demanda do setor".

Entre as varejistas que integram a lista geral de substituições em março estão as Lojas Renner —excluída pela Guide e pela Necton Investimentos— e o Magazine Luiza, que deixou a relação elaborada pela MyCap.

Carteiras recomendadas têm 24 mudanças

Houve um total de 24 mudanças nas carteiras de ações monitoradas pelo UOL Economia+ em março, frente ao mês passado. O acompanhamento abrangeu oito instituições.

A corretora que mais alterou seu portfólio no período foi a MyCap, com cinco trocas de papéis, seguida pela BB Investimentos e pela Guide, com quatro.

A Ágora Investimentos promoveu três substituições e as demais, BTG Pactual, Mirae Asset Corretora, Necton Investimentos e Planner, realizaram duas mudanças.

Confira aqui outros destaques e as carteiras completas recomendadas para março. Os códigos e preços das ações podem ser conferidos na página de cotações do UOL Economia.