Especialistas mostram 5 maneiras de investir em dólar
O dólar já acumula alta de 7,3% neste ano frente ao real, considerando as cotações até o dia 10 de março. Quem deseja investir em dólar, seja para aproveitar a valorização da moeda norte-americana, ou apenas para proteger o patrimônio, pode fazer isso de forma prática e sem precisar de muito dinheiro.
De acordo com especialistas ouvidos pelo UOL, ter parte da carteira de investimento em dólar é essencial para quem deseja se defender da imprevisibilidade do futuro no Brasil ou também para quem quer gastar a moeda em viagens, ou compras internacionais.
"A diversificação é super importante em todos os aspectos. Em um momento de instabilidade, incerteza, esse assunto vai para a cabeça das pessoas. Até um tempo atrás, investir em dólar era algo mais restrito, mas hoje é super simples", afirma Simone Degenszajn Stolar, head de câmbio da Veedha Investimentos.
"Não existe um percentual padrão de dólar para uma carteira. Você tem que proteger seu patrimônio, seja ele grande ou pequeno, mas pode ter uma parte maior caso deseje ter gastos em dólar, colocar um filho no intercâmbio, turismo, etc", completou Stolar.
Por isso, o UOL consultou especialistas e listou cinco maneiras fáceis de investir na moeda. Confira:
1. Comprar dólar
O jeito mais conhecido de investir em dólar é comprar o papel-moeda. Apesar da simplicidade da operação, os especialistas não recomendam que seja a única alternativa por dois motivos. O primeiro é que a comercialização do dólar em cédulas é feita baseada no câmbio turismo, que inclui taxas e a margem de lucro das empresas que vendem.
Nesse ponto, o recomendável é comprar aos poucos e não tudo de uma vez. Se você tem uma viagem para daqui um ano, você compra um pouco por mês da moeda. Assim, você pode conseguir um preço médio mais atrativo.
O segundo é a segurança. "No Brasil, as pessoas têm medo de carregar o dinheiro vivo dada a questão da violência, então há essa preocupação caso você deseje comprar o dólar em papel-moeda", disse Stolar.
Apesar desse ponto, existem formas de se proteger: como cartões pré-pagos que muitas agências de câmbio oferecem.
2. Ações de empresas estrangeiras
Outra possibilidade de investir na moeda norte-americana é comprar ações, sejam elas listadas nos Estados Unidos ou no Brasil.
As ações listadas nos EUA podem ser adquiridas ou por meio de uma conta em uma corretora no exterior ou via BDRs (Brazilian Depositary Receipts, em inglês), recibos negociados na Bolsa de papéis listados no exterior, para pequenos investidores. Ou seja, ao comprar BDRs é como se você comprasse uma participação indireta na empresa estrangeira.
Ações de empresas brasileiras que têm faturamento em dólar também são opções para ter na carteira.
"Indicamos exportadoras, como Gerdau, SLC Agrícola, Vale, empresas de commodities. Com elas na carteira, o investidor consegue proteger o patrimônio, ganhando na valorização do dólar e no ciclo dessas empresas com o crescimento que elas têm com a alta do dólar", afirma Fernando Bresciani, analista da Mirae
3. Fundos cambiais
Outra boa opção para os investidores são os chamados fundos cambiais. Esses produtos investem ao menos 80% da carteira em títulos atrelados a moedas estrangeiras fortes, principalmente o dólar.
Esses fundos têm como objetivo replicar o comportamento do câmbio. Portanto, caso o dólar suba ante o real, o rendimento acompanhará a alta. Já caso caia, a variação do fundo também será negativa.
4. ETFs
Outra possibilidade de "dolarizar" a carteira é investir em ETF ("Exchange Traded Fund", em inglês), que basicamente são fundos espelhados em algum índice. O ETF mais famoso é o BOVA11, que replica o desempenho do Ibovespa.
Esses índices de renda variável reúnem ações de empresas com alguma característica em comum: por exemplo, as mais negociadas, as que mais pagam dividendos, entre outras.
5. Mercado futuro
Há também a possibilidade de comprar contratos no chamado mercado futuro, onde é possível comprar ou vender uma certa quantidade de dólar por um preço estipulado para a liquidação em data futura.
Essa opção, porém, não é indicada para quem é iniciante no mundo dos investimentos. "O mercado futuro não é para todo mundo por conta do valor dos contratos, que são altos, e da margem financeira que você tem que deixar na corretora. Para quem está iniciando agora, não é o mais indicado", afirma Simone Degenszajn Stolar, da Veedha Investimentos.
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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