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As 10 ações que mais caíram e as que mais subiram no 1º trimestre

Camila Mendonça

Do UOL, em São Paulo

01/04/2021 16h48

O primeiro trimestre de 2021 foi de altas e baixas na Bolsa. O Ibovespa, principal índice da B3, caiu 2% entre janeiro e março, apesar da alta de 6% verificada em março. Nesse período, algumas empresas se destacaram, mesmo diante da piora da crise sanitária do coronavírus e de muito troca-troca do governo.

Levantamento feito pela consultoria Economatica mostra que algumas ações de empresas do setor industrial estão entre as que mais se valorizaram no período. Já no topo da lista de papéis que mais caíram no primeiro trimestre, estão empresas de comércio, petróleo e logística.

Veja abaixo a lista das empresas cujas ações mais caíram e mais subiram em 2021, segundo a consultoria.

Indústrias são destaque positivo no período

A Lupatech (LUPA3), empresa que fornece materiais para as empresas de petróleo e gás, foi o grande destaque positivo do trimestre. A empresa, que está em recuperação judicial, surpreendeu o mercado ao ter uma valorização de 200% em apenas seis sessões na Bolsa.

O motivo, segundo analistas, foi a concentração de boas notícias em um período curto. No primeiro trimestre, as ações da empresa apresentaram alta de quase 150%. Entenda o que aconteceu com as ações da companhia aqui.

A Fertilizantes Heringer, indústria de fertilizantes, registrou bom retorno aos acionistas, com alta de 119%. A empresa também está em recuperação judicial, mas conseguiu lucro líquido de R$ 45,8 milhões no quarto trimestre de 2020.

A Romi, indústria de máquinas e equipamentos, está no top três das companhias que mais se valorizaram. A empresa registrou uma alta de 353% no lucro líquido no quarto trimestre do ano passado.

O aumento deve-se à vitória em um processo judicial contra a Eletrobras e ao aumento de 56,5% na receita líquida, que alcançou R$ 360,6 milhões no período —número recorde para a empresa.

Veja abaixo as empresas que registraram maior alta na Bolsa entre janeiro e março.

Empresas de comércio e infraestrutura foram as que mais caíram

Considerando as quedas, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) foi o maior destaque negativo, com recuo de 46,27% no trimestre. A empresa (PCAR3) sentiu o baque com a separação das ações do Assaí (ASAI3), que estavam juntas do Pão de Açúcar.

Quem olhar o desempenho das ações do Grupo Pão de Açúcar pode se assustar com a queda brusca no dia 1° de março, saindo de um patamar de mais de R$ 80 para menos de R$ 25 por ação, porém esse movimento é só um ajuste em relação à cisão do seu antigo braço de Atacado, Assaí, que estreou como uma companhia independente.
Rodrigo Yamamoto, analista da Levante Ideias de Investimento

A Dommo Energia, empresa de petróleo, gás e biocombustíveis —antiga OGX, de Eike Batista —, também perdeu valor. A empresa teve prejuízo de R$ 328,6 milhões em 2020. A companhia tenta se reerguer depois de passar por escândalos e pela recuperação judicial, que terminou em 2013 —ano em que mudou o nome de OGX para Dommo.

A Tegma, empresa que presta serviços logísticos, está no top três entre as companhias que mais caíram no trimestre. O lucro líquido da empresa apresentou queda de quase 34% no último trimestre de 2020, com o impacto da pandemia e redução na quantidade de veículos transportados.

A Helbor, empresa do setor imobiliário, também apresentou desempenho negativo na Bolsa. Segundo a analista Nelly Colnaghi, da Levante, esse recuo no trimestre acompanhou o restante do setor de incorporação imobiliária, que também sofreu no período em decorrência de múltiplos fatores.

Primeiramente, devido à aceleração da inflação e a um cenário fiscal [contas públicas] mais desafiador. As projeções de aumento da Selic [taxa de juros] se acentuaram. No agregado, esses movimentos sinalizam condições monetárias mais apertadas, formando um quadro desfavorável para um setor tão dependente de crédito. O setor também foi impactado pelo avanço da pandemia, frustrando as expectativas de crescimento para a economia, e por pressão sobre os custos dos insumos das construtoras e incorporadoras. No caso particular da Helbor, a empresa ainda decepcionou os investidores com seus resultados mistos no último trimestre.
Nelly Colnaghi, analista da Levante Ideias de Investimento

Veja abaixo as empresas que registraram as maiores quedas na Bolsa entre janeiro e março.

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