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Dá para saber quanto vai valer o dólar em 6 meses? Economista comenta

Colaboração para o UOL, em São Paulo

21/05/2021 04h00

O dólar vai subir? Vai baixar? Quanto estará valendo a moeda norte-americana frente ao real nos próximos seis meses? Qual investidor não já fez uma dessas perguntas? A projeção do dólar é sempre um assunto que tira o sono do investidor e também foi uma das dúvidas respondidas no Papo com Especialista, programa semanal e ao vivo do UOL Economia+.

No programa, o economista César Esperandio disse que vários fatores interferem na cotação do dólar, mas que há, sim, uma projeção de como a moeda pode ficar, a médio e longo prazo. Confira no vídeo abaixo a análise que ele fez e entenda a projeção.

O Papo com Especialista é transmitido sempre às quartas-feiras, das 12h30 às 13h30, na página inicial do UOL e do UOL Economia+. O programa é exclusivo para assinantes e, após a transmissão ao vivo, fica disponível para consulta.

Injeção de liquidez nas economias

Para falar sobre a oscilação do dólar, Esperandio fez uma análise do panorama macroeconômico global. Segundo ele, por conta da crise da covid-19, os bancos centrais e os governos ao redor do mundo injetaram muita liquidez —ou seja, baixaram os juros ou recompraram títulos públicos— nas economias justamente para evitar uma recessão econômica mais profunda.

"Quando o governo compra os títulos de volta, ele faz isso para que as pessoas tenham mais dinheiro na mão. Para isso, ele baixa os juros para que novos investidores tenham menos estímulos a investir em renda fixa, justamente para reaquecer a economia. Não à toa, um reflexo disso foi a recuperação bastante acelerada das Bolsas de Valores", explicou o economista.

A tendência agora é de normalização gradual desse tipo de condução da política monetária, uma vez que o pior momento da crise aparentemente ficou para trás, segundo o economista.

Apetite por ativos mais seguros tende a diminuir

Esperandio explicou que essa sensação de risco maior na crise foi o que fez os investidores correrem para ativos mais seguros, como dólar, franco-suíço, euro, ouro, títulos norte-americanos e outros.

"Agora, o apetite por esses ativos tende a diminuir. Então, por conta disso, possivelmente, a moeda americana pode voltar a se apreciar. Ou seja, olhando mais para o médio e longo prazo, o dólar ficaria mais barato frente a outras moedas", disse.

Mas esse é o único fator?

"Óbvio que não", afirmou o economista. "Tudo impacta no câmbio. Por exemplo: nós [Brasil] temos também a nossa parcela de responsabilidade de quanto vale o real frente ao dólar", afirmou. A perspectiva de reformas econômicas e as turbulências políticas influenciam a cotação também, aumentam a aversão ao risco e, por consequência, são fatores que puxam o valor do dólar pra cima.

Segundo ele, apesar de a projeção ser de queda do dólar no médio e longo prazos ao redor do mundo, existe a possibilidade de o real se depreciar frente a uma cesta de moedas, inclusive o dólar. "Ou seja, o dólar pode ficar mais caro por aqui, mesmo que fique mais barato ao redor do mundo", explicou ele.

O cenário interno do país, principalmente político, é que vai dizer se o Brasil vai acompanhar a projeção global de queda para a moeda norte-americana nos próximos meses.

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