A poupança tem alguma vantagem? Veja o que dizem especialistas
Os brasileiros deixam mais de R$ 1 trilhão na poupança e mais da metade desses recursos são utilizados pelos bancos no financiamento de imóveis. Para a economia é bom, mas como fica o poupador que perde poder de compra ao manter o dinheiro na caderneta?
A aplicação rende 70% do CDI, uma taxa bem próxima dos juros da economia, hoje em 4,25% ao ano. Os ganhos, porém, são anulados pela inflação, que está próxima dos 9%. Em rentabilidade, a poupança perde. Mas não há nada bom na poupança? Veja abaixo o que disseram as especialistas que estiveram presentes no Guia do Investidor UOL, série de eventos gratuitos e quinzenais do UOL para quem quer aprender a cuidar do próprio dinheiro.
Rentabilidade não é atrativo
Como o dinheiro que está parado na poupança é utilizado pelos bancos no financiamento de imóveis, a economia se beneficia, mas o investidor não.
"O setor de construção civil foi o que mais gerou emprego no ano passado, mas para o investidor, colocar dinheiro na poupança não é bom", disse Ilana Bobrow, sócia-fundadora da casa de investimentos Vitreo.
"Com a Selic baixa, é muito mais interessante você pegar 100% da taxa do que só 70%", disse Amanda Dias, jornalista e orientadora financeira, durante o evento.
Segurança e facilidade atraem poupador
A poupança é indicada para reserva de emergência, aquele dinheiro que você precisa ter guardado para situações inesperadas, como uma demissão repentina ou um problema de saúde. A aplicação é coberta pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que devolve o dinheiro se o banco falir, pode ser resgatada a qualquer momento e ainda é isenta de Imposto de Renda.
"O acesso à poupança é facilitado, hoje em dia nem precisa mais ter conta corrente em banco. A primeira atitude financeira de um jovem é colocar dinheiro na poupança", disse Amanda, que tem um canal na Internet voltado para autônomos e microempreendedores de baixa renda, o Grana Preta.
Ilana Bobrow diz que ainda é mais fácil acessar a poupança do que abrir uma conta em uma plataforma de investimentos. "Embora, nos últimos dez anos, as plataformas ficaram cada vez mais fáceis e a experiência muito mais fluida", afirmou a sócia da Vitreo.
Por que sair da poupança?
A poupança não é o problema, mas sim deixar o dinheiro na caderneta como se fosse um investimento conservador. "As pessoas acham que investir é olhar para uma tela com gráficos malucos e que a poupança é um investimento conservador. Não entendem que existe algo no meio do caminho", disse Ilana.
Títulos de renda fixa que rendem 100% dos juros ou até mesmo atrelados à inflação são apontados como alternativas pelas especialistas. Algumas dessas opções também permitem que o investidor resgate o valor quando quiser e são mais vantajosas, mesmo com a cobrança de Imposto de Renda.
"O imposto não incide sobre o dinheiro que você investiu, é em cima do que rendeu. E quanto mais tempo você deixa lá, a mordida do leão é menor", afirma Amanda. A alíquota é de 15% em investimentos com mais de 720 dias e de 22,5% para aplicações de até seis meses.
"Nessas outras aplicações, você também consegue resgatar o dinheiro para o mesmo dia ou para o dia seguinte. E ainda com algumas vantagens, porque a poupança traz rentabilidade apenas no dia do aniversário", disse Ilana.
Este material é exclusivamente informativo, e não recomendação de investimento. Aplicações de risco estão sujeitas a perdas. Rentabilidade do passado não garante rentabilidade futura.
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