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Conta de luz mais cara: o que muda para o seu bolso e seus investimentos?

Colaboração para o UOL, em São Paulo

04/09/2021 04h00

A conta de luz está mais pesada para o bolso dos consumidores. Mas será que a alta da energia interfere também nos seus investimentos? No Papo com Especialista, programa semanal e ao vivo do UOL, o economista César Esperandio explicou que há boas opções de investimentos para você se proteger da alta da energia elétrica e da inflação, que tende a aumentar ainda mais.

Veja abaixo quais são esses investimentos e assista ao programa completo. O Papo com Especialista é um tira-dúvidas sobre investimentos exclusivo para assinantes e transmitido toda quinta-feira, às 15h.

Aumento estimado de 7% na conta de luz

No programa, Esperandio disse que a crise hídrica é o principal motivo da crise energética no país, que depende muito das hidrelétricas para gerar energia.

"A primeira consequência disso é gerar um aumento estimado de 7% na sua conta de luz. Só em 2021, a alta acumulada é de 16%", afirmou ele, que é também do canal Econoweek.

Consequência: mais inflação

O economista alertou que a próxima consequência dessa crise é mais inflação.

"Vai aumentar o custo da energia elétrica residencial? Vai, mas também vai aumentar o custo da energia elétrica para a indústria, que vai consumir uma energia mais cara e vai repassar o custo disso para você. Tudo o que eles vendem vai ficar mais caro. Serviços também. Seu barbeiro, que usa energia elétrica, pode potencialmente passar esse aumento para o cliente", disse.

Ou seja, afirmou Esperandio, toda a cadeia produtiva é impactada com esse aumento.

Mais desemprego e alta de preços

Para o economista, outra consequência "ainda mais danosa" dessa conjuntura é um possível racionamento de energia no país que, por sua vez, vai impactar no PIB (Produto Interno Bruto).

"Imagina a indústria brasileira de vários setores não conseguindo produzir ou ter que racionar energia. Vai impactar o PIB, e isso não é esotérico só para o mundo dos investidores. Empresa produzindo menos gera menos emprego e, com isso, mais desemprego. E mais desemprego com alta de preços é uma combinação horrível", declarou.

Como afeta os investimentos?

Esperandio disse que esse cenário gera desconfiança do investidor, o que pode forçar um aumento de juros no país.

Segundo ele, os juros podem subir no país por dois lados: pela inflação mais alta, que faz com que o Banco Central eleve a taxa Selic para tentar controlar a alta dos preços; e por toda essa conjuntura social, política e econômica descontrolada, que faz com que os investidores exijam um maior "prêmio" para poder investir no Brasil.

"O investidor vê o país como um ambiente mais arriscado, mais descontrolado. Tudo isso está fazendo os juros da renda fixa subirem", afirmou.

Títulos de renda fixa estão com juros mais altos

As novas emissões de títulos e a negociação no mercado secundário de títulos emitidos estão com juros mais altos. Novos títulos emitidos já estão muito atrelados ao IPCA, com prêmio ainda maior.

"Então, se você guardou uma graninha e pode investir, fique de olho nisso: os juros da renda fixa estão mais altos, e os prêmios dos títulos atrelados ao IPCA também estão subindo bastante. É uma maneira de você se proteger da inflação", declarou.

Papo com Especialista é toda quinta-feira

O programa Papo com Especialista é transmitido às quintas-feiras, das 15h às 16h, na página inicial do UOL, no UOL Economia e na página de Investimentos, e é exclusivo para assinantes. Reveja programas anteriores aqui.

Você pode enviar perguntas ao Papo pelo e-mail uoleconomiafinancas@uol.com.br —elas podem ser respondidas no programa.

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