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É possível ganhar mais ao emprestar dinheiro para empresas; saiba como

Colaboração para o UOL, em São Paulo

10/12/2021 04h00

Você já deve ter ouvido falar em debêntures e CRAs (Certificados de Recebíveis Agrícolas). Mas o que são esses dois tipos de investimento disponíveis no mercado de renda fixa?

No Papo com Especialista, programa ao vivo do UOL, o economista César Esperandio explica que os ambos são títulos de dívida, e é você quem "empresta" dinheiro para a outra parte —bancos, instituições financeiras ou empresas qualificadas (no caso das debêntures). "Mas há uma desvantagem nesse tipo de investimento", declara.

Leia a explicação dele e assista abaixo ao trecho do programa do dia 25 de novembro. O Papo com Especialista é um tira-dúvidas sobre investimentos exclusivo para assinantes e é transmitido quinzenalmente, às quintas-feiras, das 15h às 16h.

Dinheiro "emprestado" do investidor

Esperandio, que também é do canal Econoweek, explica que os bancos e instituições financeiras pegam esse dinheiro emprestado do investidor para usar os recursos de acordo com os critérios dos produtos.

No caso das debêntures, a captação de recursos serve para diversos fins. As debêntures podem ser emitidas por qualquer empresa qualificada, mesmo as não financeiras. Há, por exemplo, debêntures de empresas de usinas hidrelétricas.

Já os CRAs são mais específicos, de empresas do setor de agronegócio. Também há os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), voltados para o segmento imobiliário.

Por exemplo: uma empresa do agronegócio vende uma safra de soja, mas só receberá o pagamento em 12 parcelas. Para não ter de esperar, a empresa recorre ao banco em busca de receber tudo de uma vez — em vez de ter o dinheiro na conta só após um ano. O banco, então, emite títulos do CRA para antecipar esses recursos, cobrando juros, que, por sua vez, são usados para "pagar" a rentabilidade aos investidores.

Desvantagem: não ter proteção do FGC

O economista diz que debêntures, CRAs e CRIs não têm proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Mas, então, não vale investir nesses títulos? "Vale. Afinal, quanto mais risco você se propõe a correr, maior tende a ser a rentabilidade", afirma.

Esperandio diz, no entanto, que, esse tipo de investimento não é recomendado para o investidor iniciante.

"O primeiro passo é no Tesouro Direto, começando pelo Tesouro Selic para a sua reserva de emergência. À medida que [o investidor] for pegando familiaridade com o mundo dos investimentos, diversifique em outros ativos da renda fixa que contam com a proteção do FGC, como CDB, LCI, LCA e outros. Em seguida, comece a olhar para debêntures, CRIs e CRAs", diz.

Uma plataforma recomendada para consultar títulos de debêntures, CRIs e CRAs (e outros produtos da renda fixa) é o App Renda Fixa.

Papo com Especialista é quinzenal

O programa Papo com Especialista é transmitido às quintas-feiras, quinzenalmente, das 15h às 16h, na página inicial do UOL, no UOL Economia e no UOL Investimentos, e é exclusivo para assinantes. Reveja programas anteriores aqui.

Você pode enviar perguntas ao Papo pelo e-mail uoleconomiafinancas@uol.com.br —elas podem ser respondidas no programa.

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