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Ações da Via, dona das Casas Bahia, caem com estimativa de consumo em baixa

Baianinho é principal personagem da Casas Bahia, que pertence à Via - Reprodução
Baianinho é principal personagem da Casas Bahia, que pertence à Via Imagem: Reprodução

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, de São Paulo

07/04/2022 13h03

As ações da Via (VIIA3), dona das Casas Bahia e do Ponto (antigo Ponto Frio), estão entre as mais negociadas desta quinta-feira (7), com queda de 1,82% às 12h40 (horário de Brasília), cotadas a R$ 3,78.

O ativo alcançou um pico de R$ 16,02 em junho de 2021, mas desde o início do ano tem sofrido uma depreciação acumulada de 23,69%. O que está acontecendo? E é o momento de vender as ações da empresa ou mantê-las? Confira o que dizem os especialistas.

"As ações do setor de varejo, incluindo aí as da Via, sofrem muito com a alta da inflação", diz Celson Placido, analista da Warren.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil mês a mês (mostrando o acumulado da alta de preços dos 12 meses anteriores), se mantinha na casa dos 2% e 3% até junho do ano passado.

Em julho, começou a crescer e foi a 4,76%. Em agosto passou de 5,67% e foi subindo até 10,06% em dezembro.

Conforme a inflação sobe, o preço da ação da Via cai. "Com menos dinheiro no bolso, os consumidores deixam de se arriscar comprando bens duráveis, vendidos a crédito", declara Placido.

E os resultados da empresa comprovam isso. O lucro líquido operacional da Via foi de R$ 125 milhões durante o quarto trimestre de 2021. Isso representa uma queda de 73,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

E o que fazer com as ações?

Embora tenha um preço-alvo de R$ 7 para as ações, a XP Investimentos tem recomendação neutra para o papel —isto é, recomenda que investidores que já tenham adquirido as ações não realizem compra e nem venda.

O que impede uma aposta de compra de novas ações da Via, segundo o banco, é o "cenário competitivo e bastante desafiador, que pode prejudicar a reestruturação e os resultados da companhia".

O PagBank, por sua vez, aconselha a compra, com preço-alvo de R$ 5,31. A Mirae também recomenda, com preço estimado em R$ 5,43.

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