Ações da Via, dona das Casas Bahia, caem com estimativa de consumo em baixa
As ações da Via (VIIA3), dona das Casas Bahia e do Ponto (antigo Ponto Frio), estão entre as mais negociadas desta quinta-feira (7), com queda de 1,82% às 12h40 (horário de Brasília), cotadas a R$ 3,78.
O ativo alcançou um pico de R$ 16,02 em junho de 2021, mas desde o início do ano tem sofrido uma depreciação acumulada de 23,69%. O que está acontecendo? E é o momento de vender as ações da empresa ou mantê-las? Confira o que dizem os especialistas.
"As ações do setor de varejo, incluindo aí as da Via, sofrem muito com a alta da inflação", diz Celson Placido, analista da Warren.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil mês a mês (mostrando o acumulado da alta de preços dos 12 meses anteriores), se mantinha na casa dos 2% e 3% até junho do ano passado.
Em julho, começou a crescer e foi a 4,76%. Em agosto passou de 5,67% e foi subindo até 10,06% em dezembro.
Conforme a inflação sobe, o preço da ação da Via cai. "Com menos dinheiro no bolso, os consumidores deixam de se arriscar comprando bens duráveis, vendidos a crédito", declara Placido.
E os resultados da empresa comprovam isso. O lucro líquido operacional da Via foi de R$ 125 milhões durante o quarto trimestre de 2021. Isso representa uma queda de 73,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
E o que fazer com as ações?
Embora tenha um preço-alvo de R$ 7 para as ações, a XP Investimentos tem recomendação neutra para o papel —isto é, recomenda que investidores que já tenham adquirido as ações não realizem compra e nem venda.
O que impede uma aposta de compra de novas ações da Via, segundo o banco, é o "cenário competitivo e bastante desafiador, que pode prejudicar a reestruturação e os resultados da companhia".
O PagBank, por sua vez, aconselha a compra, com preço-alvo de R$ 5,31. A Mirae também recomenda, com preço estimado em R$ 5,43.
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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