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Executivos deixam a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, e ações caem

Peru de Natal da Sadia, marca que pertence à BRF - sadia
Peru de Natal da Sadia, marca que pertence à BRF Imagem: sadia

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

11/04/2022 12h46

As ações da processadora de carnes BRF (BRFS3) eram, às 12h30 (horário de Brasília), a maior queda desta segunda-feira (11), com baixa de 5,85%, cotadas a R$ 16,42. A baixa acontece, segundo o analista da Messen corretora, William Teixeira, devido à saída de dois grandes executivos da empresa na semana passada. "Não há nenhum outro fator que influi nos papéis", diz o especialista.

Entenda mais sobre o caso e se vale a pena investir nas ações da BRF, agora que estão descontadas —isto é, com valores mais baratos.

O vice-presidente de finanças e relações com investidores da dona das marcas Sadia e Perdigão, Carlos Moura, recebeu uma proposta da Raízen —quarta maior empresa do país e se retirou da BRF. Já Sindey Manzaro, vice-presidente de Brasil (principal mercado de atuação da BRF), deixa a companhia depois de quatro anos.

A movimentação acontece duas semanas depois de a Marfrig assumir o controle da BRF. No dia 28 de março, Marcos Molina, fundador da Marfrig —que detinha 33% da BRF-- foi eleito presidente do conselho de administração da BRF.

Em 2019, Marfrig e BRF anunciaram acordo para criar um dos maiores grupos globais de alimentos, com faturamento de R$ 76 bilhões por ano. Mas o negócio foi travado por divergências entre os sócios. Recentemente, Molina chegou a um consenso com o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), que tem 5,26% na BRF desde 1990 e assumiu a empresa.

Mas vale a pena investir em BRF?

Para a corretora Messen, a recomendação é neutra —ou seja, não é o momento de adquirir e nem de comprar ações da BRF. E caso o investidor já tenha os papéis, deve mantê-los.

Para o banco Safra, as movimentações são boas para a empresa. "Ao nosso ver, ter um acionista estratégico, relevante e com longa experiência no setor pode ajudar a pensar e posicionar estrategicamente a empresa para o longo prazo. Além disso, ambas as empresas poderiam usufruir de sinergias e ganhos de eficiência mesmo em um cenário sem fusão", disse o banco em relatório. O Safra recomenda a compra de BRFS3, com preço-alvo de R$ 24.

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