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Especialistas recomendam: fuja das ações do Twitter após compra por Musk

Especialistas recomendam vender as ações ou BDRs do Twitter; entenda por quê - Souvik Banerjee/Unplash
Especialistas recomendam vender as ações ou BDRs do Twitter; entenda por quê Imagem: Souvik Banerjee/Unplash

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/04/2022 14h37

Nesta segunda-feira (25) foi anunciada a compra total do Twitter pelo bilionário Elon Musk e muitos investidores se questionaram sobre o que fazer com as ações da rede social. A opinião entre os especialistas consultados pelo UOL é unânime: é hora de fugir dos ativos da empresa.

Após dispararem 6% ontem, hoje os papéis TWTR —que são negociados em Nova York— têm apresentado queda de 3,59% por volta das 14h25 (horário de Brasília), a US$ 49,88 cada. Já os BDRs —recibos de ações que são operados na Bolsa de Valores brasileira— do Twitter (TWTR34) tinham queda de 2,30% no mesmo horário.

Veja detalhes sobre a oscilação do Twitter e por que os investidores devem escapar das ações da companhia, segundo analistas.

As ações do Twitter, adquirido pelo homem mais rico do mundo, têm um limite de preço: US$ 54,20 (cerca de R$ 264) —preço acertado para a venda.

A venda da rede social foi acertada em US$ 44 bilhões. Musk ficará com 100% da empresa, que era controlada até então pelo príncipe saudita Salman bin Abdulaziz, que detinha pouco mais de 5% das ações. O restante pertencia a bancos e empresas de investimentos, como a The Vanguard Group, a BlackRock, a State Street e o Morgan Stanley.

Musk divulgou que, com a aquisição, a companhia deixará de ter ações negociadas na bolsa, e terá capital fechado.

"Com o fechamento do negócio, a ação agora tem um teto, que é o preço pago por Musk. Não vai subir mais que isso. Ficará oscilando nessa faixa de preço", diz Guilherme Zanin, analista da Avenue Securities.

É por essa razão que não vale a pena comprar o papel, de acordo com Zanin. A perspectiva de ganho é pequena e as oscilações, até a oficialização da aquisição, serão muitas —até mesmo porque a compra ainda está sujeita a aprovações regulatórias.

"Se as autoridades antitruste dos Estados Unidos demorarem para avaliar o negócio, essas oscilações vão acontecer muito. E ainda tem o risco do Musk desistir do negócio", declara José Augusto Albino, sócio da Catarina Capital.

"As chances de o negócio ser aprovado pelos órgãos reguladores de concorrência dos EUA são altas, porque o Elon Musk não tem empresas nesse setor, de mídias sociais. Mas não se sabe quanto tempo eles vão demorar para analisar o caso", afirma Breno Bonani, analista-chefe da VGR Asset.

O comunicado da empresa cita que espera que o processo de compra seja finalizado ainda neste ano.

Para quem já tem ações ou BDRs da empresa, os analistas recomendam vender, dizem Bonani e Zanin.

Brasileiros podem investir em empresas estrangeiras?

É possível que brasileiros invistam no Twitter ou empresas cotadas em bolsas americanas a partir de compra de recibos de ações — no caso do Twitter, TWTR34. São os BDRs.

Também é possível ter conta em uma corretora internacional e comprar diretamente a ação. Corretoras como a Avenue Securities e a XP Securities, por exemplo, atuam nesse segmento e permitem essa operação.

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