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Brasil faz maior leilão de transmissão de energia em 4 anos; vale investir?

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

29/06/2022 14h32

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) faz nesta quinta-feira (30) o maior leilão de projetos de transmissão desde 2018. Dentre as empresas que poderão participar, estão a Taesa (TAEE11), a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Isa Cteep - TRPL4), e a Alupar ( ALUP11).

Em consórcio, vão dar lances a Energisa (ENGI11), a Neoenergia (NEOE3), Cemig (CMIG4), Energias do Brasil (ENBR3) e Equatorial (EQTL3), além de Engie (EGIE3) e Copel (CPLE6), que também anunciaram a participação em consórcio. Em qual delas vale investir?

O leilão terá 13 lotes de linhas de transmissão de energia. As empresas que obtiverem a concessão ficarão responsáveis por construir, operar e manter as linhas, que somam um total de 5.425 quilômetros e uma capacidade de 6.180 mega-volt-amperes (MVA).

O leilão será às 10h, na sede da B3, em São Paulo. As empresas vencedoras terão prazos de 42 a 60 meses para iniciar a operação comercial das linhas de transmissão. A Aneel prevê que os contratos de concessão gerem R$ 15,3 bilhões em investimentos, gerando de 31.697 empregos diretos.

Qual comprar?

Para a casa de análises Eleven, as melhores apostas são em Alupar, que tem potencial de valorização para chegar em R$ 34 (o preço atual é de R$ 25,51) e a Isa Cteep, que pode passar de R$ 23,05 para R$ 31. No conjunto, a única ação de que a Eleven recomenda a venda é a Taesa.

Isso porque a Taesa seria a mais prejudicada caso ficasse com um lote específico, que precisa de maior investimento (aproximadamente R$ 4,9 bilhões). A Eleven fez uma projeção das dívidas de todas as empresas de transmissão de energia caso ficassem com esse lote.

A Taesa poderia chegar ao final do ciclo de investimento (2027) em uma relação dívida líquida versus lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 4,4 vezes, enquanto Alupar ficaria em 3,8 vezes, e ISA CTEEP ficaria em uma situação mais confortável, em 2,5 vezes.

Quem distribui mais dividendos?

No mesmo setor, mas sem participar do leilão, outra companhia chama a atenção: a CPFL Energia. Em relatório publicado ontem (29), o banco americano Goldman Sachs recomenda a compra da ação, com preço alvo de R$ 37 (era R$ 41 anteriormente e está valendo R$ 31 hoje).

Mesmo diminuindo a expectativa de ganhos, a CPFL, segundo o banco, "oferece um rendimento de dividendos sustentável de cerca de 14%". A empresa é atraente, diz o GS, porque combina, dentre outros fatores, áreas de concessão de distribuição premium com baixo endividamento, além de forte histórico de distribuição de dividendos.

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