Dona do Burger King rejeita compra e ações podem subir até 74%; entenda
O conselho de administração da Zamp, dona do Burger King (BKBR3) no Brasil, anunciou que é contra a proposta de aquisição feita pelo fundo árabe Mubadala Capital no início de agosto.
Com isso, as ações da rede de lanchonetes "fast food" abriram o dia em queda. Por volta do meio-dia, os papéis tinham perdido 1,43% em valor, caindo para R$ 8,28. Já às 15h, estavam em leve alta, de 1,3%, chegando a R$ 8,51. Mas os especialistas de mercado dizem que não é hora de vender. Veja abaixo o que deve acontecer com as ações.
Por que o Burger King rejeitou a oferta? A decisão de rejeitar a proposta foi tomada após a empresa ter contratado uma assessoria financeira para avaliar a oferta. A assessoria apontou que o preço por ação da oferta não era condizente com o valor da empresa. A Oferta Pública de Aquisição (OPA) apresentada pelo Mubadala foi de 45,15% das ações da Zamp, por R$ 7,55 cada. O valor total do negócio proposto seria de R$ 938,6 milhões.
O conselho diz ter feito reuniões com diversos acionistas da companhia, que teriam chamado atenção ao preço baixo dos papéis fixado pelo fundo, destacando o momento de recuperação da Zamp no pós-covid.
O Mubadala Capital, de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, é presidido pelo sheik Mohammed bin Zayed, príncipe herdeiro do país. Em todo o mundo, o fundo tem cerca de US$ 284 bilhões em participações em diversas empresas.
O fundo já investe no Brasil desde 2012 em empresas de concessões rodoviárias, mobilidade urbana, petróleo e gás e educação superior, entre outros. O príncipe se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro em novembro do ano passado.
Sobe e desce pode ficar mais drástico: Para o banco Goldman Sachs, as ações BKBR3 são as preferidas do setor de alimentação - a recomendação é de compra. Mas, como as ações da BKBR3 já subiram aproximadamente 35% desde o lançamento da oferta, os movimentos de altas e baixas podem ficar mais drásticos no curto prazo, publicou o banco americano. Desde o começo do ano, a alta é de 46%.
E como que fica a empresa daqui para frente? A perspectiva é boa, segundo o Goldman Sachs, com a possibilidade de uma inflação mais amena e os juros parando de aumentar. O banco acredita numa valorização da ação de R$ 8,40 (preço de ontem, 17) para R$ 14,60 em 12 meses, o que traria para o investidor um retorno de 73,8%.
O BTG também é da mesma opinião, com preço alvo R$ 14.
A cadeia de lanchonetes está se recuperando da pandemia. Tanto é que teve lucro líquido de R$ 23,6 milhões no fim do ano passado (quarto trimestre), revertendo o prejuízo de R$ 97,3 milhões do mesmo período de 2020.
Mas os juros altos e a inflação estão batendo de novo na companhia. Por isso, a Zamp voltou a ter prejuízo entre abril, maio e junho deste ano, perdendo R$ 31,6 milhões principalmente pela piora no resultado financeiro.
A receita líquida do grupo no período foi de R$ 883,3 milhões, o que representa um ganho de 55% no período, graças à recuperação nas vendas, motivada pela retomada das atividades presenciais dos consumidores. As vendas nos restaurantes ainda seguem abaixo do nível pré-pandemia.
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