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Entenda o que são ETFs e saiba quando vale a pena investir

Investir na Bolsa com riscos reduzidos é sempre uma estratégia interessante para os investidores. Isso é possível com os ETFs (Exchange Traded Funds), os fundos de investimentos que seguem algum tipo de índice e ajudam a diversificar a carteira por valores mais baixos. Mas como isso funciona na prática? Quais os riscos? O que observar? Entenda mais abaixo.

ETFs reúnem de ações à renda fixa

Fundos são negociados em Bolsa. Assim como as ações, esses fundos de índices reúnem títulos públicos de renda fixa, criptomoedas ou mesmo commodities e permitem a compra desses vários ativos a partir de uma única cota. Eles também podem seguir um determinado índice, como o Ibovespa, S&P 500 ou o Nasdaq Composite. Segundo o sócio da WMS Capital, Marcos Moreira, os ETFs são populares entre investidores por oferecerem uma boa diversificação a um custo de administração baixo.

Cotas começam por volta de R$ 100. Mas isso pode chegar a R$ 200, diz o sócio fundador da Ciano Investimentos, Lucas Sigu Souza. Na prática, a proposta é compilar um determinado tema e fazer uma gestão via de regra passiva, em que, quando os investimentos se enquadram em um determinado tema e no cálculo específico do fundo, eles passam a ser automaticamente alocados ou desalocados da carteira.

Muitos ETFs são geridos de forma passiva, ou seja, buscam apenas replicar o desempenho de um setor ou índice, sem a necessidade de decisões complexas de gestão que elevam o custo.
Marcos Moreira, sócio da WMS Capital

Indicado para diferentes perfis

Fundos de renda fixa e renda variável. Dos mais conservadores aos mais arrojados, os ETFs contam com opções para os diferentes perfis de investidores, afirma Gustavo Jesus, sócio da RGW Investimentos. Existem fundos que compilam investimentos na China e Índia, assim como outros que são mais segmentados. Um deles é o Small11, ETF listado na B3 focado em pequenas empresas da Bolsa. O seu potencial de retorno é maior, mas o risco é considerado igualmente mais alto.

Risco depende do segmento do fundo. Gustavo Jesus diz que há desde ETFs mais conservadores, que se assemelham a um fundo DI, como também de criptomoedas, de ações e commodities. Também existe o risco de liquidez, caso o fundo tenha um baixo volume de negociação na Bolsa. Por isso, é importante prestar atenção antes de investir.

O principal é o risco de mercado, que é a oscilação no preço dos ativos que o ETF replica. Um ETF de ações varia conforme as ações do índice que ele segue. Riscos como baixa liquidez são menores, já que os ETFs têm crescido bastante em volume de negociação, facilitando a vida para os investidores que querem comprar ou vender na Bolsa de Valores.
Marcos Moreira, sócio da WMS Capital

Retorno segue o setor do fundo. De acordo com Souza, da Ciano Investimentos, poucos ETFs pagam dividendos, e o rendimento está muito atrelado à temática específica do fundo. Como exemplos, ele cita o BOVA11, um dos mais conhecidos no Brasil e que tem praticamente todo o portfólio relacionado ao Ibovespa, e o IBVB11, que segue o S&P 500. No caso do mercado norte-americano, porém, ele diz que é necessário estar atento à variação da moeda americana, o que vai impactar na rentabilidade final do aporte.

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É necessário pagar Imposto de Renda sobre os ganhos. Diferente dos títulos públicos, a tributação paga ao Leão é fixa em 15% sobre o retorno. A única exceção são os ETFs de fundos imobiliários, cuja alíquota é fixa em 20% sobre o lucro. Os ETFs também não possuem a isenção de IR para quem negocia até R$ 20 mil por mês na Bolsa, um benefício voltado apenas às ações.

Os ETFs são úteis tanto para investidores leigos, que podem investir em portfólios diversificados com muita simplicidade e baixo custo, até os mais sofisticados, que podem acessar temas de investimento e fatores de risco bem específicos.
Gustavo Jesus, sócio da RGW Investimentos

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

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