Esta ação subiu 70% em 2024, mas vai sair da Bolsa. Ainda vale a pena?
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Enquanto o Ibovespa teve desvalorização de 10% em 2024, esta ação conseguiu ganhos de 69,77%. No entanto, a festa tem hora para acabar: o ativo deve deixar a Bolsa de Valores no segundo trimestre do ano.
É o que está acontecendo com a operadora portuária Santos Brasil (STBP3). Em setembro do ano passado, a francesa CMA CGM comprou 48% da Santos Brasil. A fatia pertencia à Opportunity, empresa de gestão de investimentos. A conclusão da venda ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Ainda vale a pena comprar a ação?
A corretora XP diz que sim. Embora o Cade só deva se pronunciar em março, a CMA CGM já anunciou que vai tirar a companhia da Bolsa. Para isso, ela vai fazer — provavelmente no segundo trimestre — uma oferta pública de aquisição (OPA).
A CMA CGM ofereceu R$ 15,30 por ação da Santos Brasil. Atualmente, o papel está sendo negociado na casa dos R$ 13 (R$ 13,18 em 14 de fevereiro). No ano, segundo a Economatica, o ativo variou apenas 0,38%.
Por isso, quem comprar agora teria um bom investimento, segundo a XP. "Observamos um potencial de retorno total atrativo para a STBP (cerca de 165% a 212% do CDI), se o acordo proposto for fechado até o final de março", publicou a corretora, em relatório sobre a companhia. O ganho até a OPA seria de 16%.
A empresa vem tendo bons resultados operacionais, segundo a XP. Os volumes totais atingiram 125 mil contêineres em janeiro, uma alta de 12% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os volumes de armazenagem cresceram 56% em 12 meses.
No entanto, o JP Morgan discorda e classifica a ação como neutra: melhor não comprar, nem vender. Para o banco americano, que antes classificava o papel como compra, o potencial de valorização é limitado até a conclusão da oferta de aquisição de ações. Ou seja, os papéis não devem subir acima dos R$ 15,30.
Das 11 casas que analisam a ação, segundo o portal de relação com investidores da empresa, seis classificam o ativo como neutro. Outras cinco, como compra. "Existe um risco que é o de o Cade não aprovar a compra, mas o ganho até março é bem atraente", diz Gustavo Bertotti, economista e diretor de renda variável da Fami Capital.
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