Patrocínio: Mynt BTG Pactual O preço do bitcoin voltou a ultrapassar a marca dos US$ 100 mil, reacendendo o interesse de investidores e levantando dúvidas sobre o futuro da criptomoeda mais famosa do mundo. Para entender o que está por trás dessa alta e o que pode acontecer nos próximos meses, ouvimos dois especialistas no assunto. E se você está pensando em investir, trazemos dicas para fazê-lo com segurança. Por que o bitcoin está subindo? Legislação. Segundo Cauê Mançanares, CEO da Investo, o cenário atual de valorização do bitcoin vem desde o início do ano, com fatores como o avanço nos Estados Unidos da legislação sobre stablecoins — criptomoedas atreladas a moedas fiduciárias, que não têm lasto em metal, como o dólar. Agora as promessas de apoio institucional e regulatório estão se materializando. A lei americana deve fomentar muito o uso de cripto em geral. Cauê Mançanares, CEO da Investo Demanda para fugir do risco. Outro fator importante é o crescimento da demanda institucional, com grandes investidores e empresas adquirindo bitcoin como reserva de valor por meio de ETFs (fundos de índice). ETFs como alternativas seguras para a exposição à criptomoeda também levam à valorização. "Só em maio, foram mais de US$ 4 bilhões investidos em ETFs de bitcoin", aponta Mançanares. "Há uma demanda institucional crescente, com grandes investidores incluindo o bitcoin em seus portfólios. Isso adiciona um novo patamar de valorização ao ativo", diz José Cassiolato, sócio da RGW Investimentos. O bitcoin vai continuar subindo daqui pra frente?Apesar da perspectiva otimista, os especialistas alertam que o bitcoin continua sendo um ativo altamente volátil. "Devemos ver grandes movimentos de valorização e desvalorização. É um dos ativos mais voláteis do mercado financeiro", afirma Cassiolato. Mas ainda pode subir mais. Mançanares projeta que, se os fatores previstos continuarem se concretizando — como mais apoio regulatório e maior adoção por empresas e governos —, o preço da moeda pode alcançar valores ainda mais altos. "Estamos falando de projeções de 150 mil, 200 mil ou até 300 mil dólares, dependendo do cenário." Devo comprar ou vender bitcoins agora?A resposta depende do perfil do investidor. Para quem já tem posição em bitcoin, Cassiolato recomenda manter uma proporção razoável da moeda no portfólio, compatível com o nível de risco pessoal. Já para quem quer entrar, a dica é esperar cair um pouco. Para quem está pensando em entrar agora, a dica é esperar um momento de realização (quando investidores vendem os ativos para embolsar os ganhos, o que leva a uma queda no valor). Correções de preço são inevitáveis. O importante é se planejar e contar com orientação especializada. José Cassiolato, sócio da RGW Investimentos Vale a pena investir em outras criptomoedas?Estude. No caso das chamadas altcoins, o cenário é mais complexo, de acordo cm Cassiolato. Isso porque elas têm comportamentos distintos, embora muitas sigam o movimento do bitcoin. Ele recomenda estudar cada projeto individualmente antes de investir e manter cautela. Como investir com segurança?Para os especialistas, os ETFs são a forma mais segura, transparente e acessível de investir em bitcoin. No Brasil, opções como o HODL11, da gestora Investo, e o fundo da Hashdex são regulados e negociados na B3, a Bolsa de valores brasileira. Esses instrumentos permitem que o investidor tenha exposição ao bitcoin sem precisar lidar diretamente com carteiras digitais, chaves criptográficas ou corretoras estrangeiras. Cauê Mançanares, CEO da Investo Diversifique. A recomendação dos especialistas é clara: diversificar. "Bitcoin pode e deve estar em carteiras diversificadas, com peso proporcional ao apetite de risco do investidor — 1%, 3%, 5% ou até 10%, dependendo do caso", diz Mançanares. Invista em uma corretora confiável. De acordo com o advogado João Alves, do escritório de advocacia especializado em criptomoedas Raphael Souza, é importante escolher bem qual a corretora que vai cuidar do seu dinheiro. Para um usuário que está se iniciando no mundo das criptomoedas, a dica é investir em uma corretora confiável e conhecida, de preferência alguma que tenha representação no Brasil, o que facilita na hora de declarar os investimentos em criptomoedas e também facilita caso aconteça alguma falha de segurança e seja necessário responsabilizar a exchange. João Alves, do escritório de advocacia especializado em criptomoedas Raphael Souza Segurança. Além disso, sempre utilize métodos de segurança de verificação em duas etapas, biometria, e se possível, utilizar um e-mail específico apenas para acessar sua conta de investimentos. A maioria de golpes envolvendo criptomoedas são de falsas exchanges, no qual as pessoas recebem ofertas de investimentos por meio de redes sociais e são induzidas a transferir valores. O que acontece, porém, é que na hora de sacar, as pessoas não conseguem completar a operação e são induzidas a transferir ainda mais valores. Suspeite sempre de qualquer oferta de investimento. João Alves |