Segundo um estudo realizado pela Dove, marca de cuidados pessoais da Unilever, 51% de pessoas com deficiência (PCD) e 42% de pessoas gordas e "fora do padrão" já deixaram de frequentar as praias por limitações de estrutura. Pensando nisso, a marca promoverá, na praia do Leme, no Rio de Janeiro, o "Espaço Dove - Um Lugar ao Sol", até o dia 7 de março. O local terá diferentes serviços de acessibilidade, como: - empréstimo gratuito de cadeiras de praia mais largas e com maior capacidade de peso,
- cadeiras anfíbias para cadeirantes entrarem no mar,
- banheiros mais espaçosos e não-binários, e
- rampas de acesso à areia.
Para utilizar o serviço, as pessoas precisarão realizar um cadastro por meio de um QR code disponibilizado nos pontos e um pagamento de uma caução, que garanta a devolução dos produtos dentro do prazo. Além do ponto principal, no Leme, as cadeiras poderão ser alugadas em outros três pontos, em Copacabana, Ipanema e no Leblon. Com o fim do projeto, em março, as cadeiras serão entregues a donos de barraca nas praias do Rio para que que o uso seja perene ao longo do ano. A Dove também apresentou um projeto que tem como objetivo uma transformação na indústria, com o protótipo de uma cadeira de praia maior, mais larga e segura. Roda de conversasNos dias 26 de fevereiro e 5 de março, o espaço no Leme ainda receberá rodas de conversas e DJs, com entrada gratuita ao público. No dia 26, acontece o bate papo "Julgamentos alheios: como impactam na forma como nos vemos", com o Movimento Corpo Livre e Lelê Martins. No dia 5 de março, é a vez da conversa "Gordofobia não é crime?", com o projeto Gordas na Lei. "Nossa missão é questionar a sociedade sobre os padrões estabelecidos e sobre a maneira como ela enxerga corpos marginalizados. Quando vemos que a praia, que deveria ser o mais democrático e acessível, na realidade, não corresponde a isso, temos um problema e precisamos priorizar a criação de espaços inclusivos" Paula Paiva, líder de Digital e Mídia de Dove Outros dados da pesquisaA pesquisa "Dove Um Lugar ao Sol", realizada pelo Instituto Ideia, ouviu 1636 pessoas, homens e mulheres, de 18 a 60 anos, em janeiro deste ano, para medir a percepção da população sobre acessibilidade e inclusão nas praias. 37% das mulheres (25% dos homens) afirmaram que já deixaram de frequentar a praia ou piscina por causa do corpo. Dentro dos mesmos critérios, 109 PCDs e 148 pessoas gordas e consideradas "fora do padrão" foram ouvidas com objetivo de passar informações específicas sobre os desafios de aproveitar o verão à beira do mar. Veja outros números: Obesos e pessoas com sobrepeso - 56% dos entrevistados acreditam que pessoas obesas e com sobrepeso deixam de frequentar a praia por problemas de acessibilidade,
- 24% dos entrevistados que se declaram obesos ou com sobrepeso afirmam que já deixaram de ir à praia por falta de cadeiras adequadas ao seu corpo,
- 16% dos entrevistados que se declaram obesos ou com sobrepeso afirmam que já deixaram de ir à praia por falta de estrutura adequada para acesso ao mar.
PCDs - 50% de pessoas PCD já deixaram de ir à praia por falta de estrutura de locomoção até o mar,
- 48% já deixaram de ir à praia por não se sentirem seguros em banheiros públicos,
- 42% já deixaram de ir à praia por falta de rampa de acesso.
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