A NBA, liga de basquete profissional norte-americana, promoverá a 5ª edição da sua "NBA House" no Brasil. O evento acontecerá entre os dias 1º e 19 de junho, no estacionamento do shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo. O espaço deve receber cerca de 44 mil pessoas este ano e terá uma série de atividades para os fãs do esporte, incluindo a exibição dos jogos das finais do torneio (são até sete partidas e os finalistas ainda não estão definidos). O local ainda receberá shows e ações dos patrocinadores - Budweiser, Sadia, Popeye's, Ruffles, Hellmann's, Sustagen Kids, Gatorade e ESPN são os parceiros deste ano. Os ingressos custam entre R$ 40 e R$ 620. Para entender um pouco mais sobre as estratégias de marketing da marca no Brasil, o UOL Mídia e Marketing conversou com Rodrigo Vicentini, chefe da NBA no Brasil. Confira: A NBA vive o seu melhor momento no Brasil? Vivemos um momento muito especial da marca aqui. Ano após ano, a gente vê a NBA sendo consumida cada vez mais pelos brasileiros. Vemos um crescimento vertical em todas as frentes onde atuamos aqui no Brasil. Tudo isso começa pela nossa base de fãs: nos últimos três anos, a gente mais do que dobrou a nossa base de interessados no esporte. Segundo um estudo recente do Ibope Repucom, o número de brasileiros declarados fãs de NBA triplicou na última década. A gente está falando de um universo de quase 46 milhões de pessoas. Na hora em que colocamos isso em perspectiva, são números bem expressivos, maiores mesmo do que as grandes torcidas de times de futebol aqui no Brasil. A marca está cada vez mais próxima do dia a dia do brasileiro. Acredito que temos um espaço muito grande para continuar crescendo. O Brasil tem uma relevância única para a NBA. Essa relevância é traduzida pelo tamanho da NBA House, que chega à 5ª edição como "maior casa" da marca no mundo, com vários patrocinadores? | Rodrigo Vicentini, responsável pelas operações da NBA no Brasil | Imagem: Divulgação |
A NBA House é assim: é a maior ativação da Liga, durante as finais do torneio, no mundo inteiro. As pessoas pagam ingresso, ficam na fila, estão a fim de consumir, de engajar com a nossa marca. Isso é muito peculiar. E, com isso, a gente vê um apetite muito grande de marcas. Os anunciantes realmente querem se conectar com a gente. É a forma dessas grandes marcas, nossos parceiros, propiciarem experiências únicas e engajarem com nossos fãs, potenciais consumidores dessas marcas. Para esse ano, mudamos um pouco a configuração da casa. Com isso, esperamos a presença de cerca de 44 mil pessoas nesta edição (Nota da redação: em 2022, foram 40 mil presentes). Mas não queremos apenas aumentar o número de pessoas - a experiência tem que continuar bacana para o fã. Alguns querem ver os jogos sentados, outros querem ficar em pé e ainda existem os que vão apenas para curtir a casa. Isso que é o legal. A gente consegue abraçar vários públicos ao mesmo tempo. Os horários dos jogos nos ajudam muito, também. Isso ajuda muito a crescer como negócio. Além disso, o brasileiro consome muito esporte e o basquete não é novidade para quase ninguém. As regras são fáceis e a marca, como um todo, sempre foi muito bem recebida pelo brasileiro. Isso também facilita o licenciamento de produtos. As marcas ajudam a construir a história da NBA no Brasil? Na hora que tiramos uma foto da demografia desses fãs, cerca de 30% deles consomem a NBA mais de 3 vezes por semana - seja assistindo aos jogos, comprando produtos, indo às lojas ou interagindo nas redes sociais. É uma base extremamente engajada: abraça a causa e advoga em nome da NBA, dos jogadores e dos nossos times. Até por isso, temos parcerias com as marcas endêmicas, de material esportivo e isotônicos, por exemplo, mas temos também muitas marcas que chamamos de "não endêmicas" ao esporte, que realmente perceberam o alto valor que essa base possui - e que vai de maionese a pizza congelada. Esses parceiros nos ajudam, e muito, a contar a história da NBA no Brasil. A família vai ao supermercado e compra produtos que são da NBA. Ele compra mais, o market share do parceiro aumenta e temos todo o ciclo satisfeito com isso. A NBA também chegou à sua 24ª loja em centros comerciais no Brasil, com a inauguração da unidade em Sorocaba, no interior de São Paulo. Quais os grandes diferenciais das lojas? A NBA Store não é uma loja convencional de varejo. Lá, você não entra, pega o produto, passa no caixa e vai embora. O que queremos passar é uma experiência para os nossos fãs. Nas lojas, você vai poder medir sua mão comparada com a do Shaquille O'Neal (um dos maiores nomes da história do esporte), jogar um pouco de basquete, usar nosso videogame - enfim, consegue passar um bom tempo ali simplesmente se divertindo. Investimos muito nas lojas para serem um ponto de contato com os nossos fãs. Como temos mais de 3 mil SKUs (tipos de produtos) no Brasil, pode, até, acontecer de você comprar algum produto. Temos a regata, a jaqueta, o boné, o copo, a almofada, o lápis, a boneca, o caderno, o moletom e até uma tábua de churrasco, que para mim é um dos produtos mais emblemáticos. Ano após ano, a gente tem incrementado nosso portfólio, nossos parceiros licenciados, para conseguirmos oferecer mais produtos para os fãs. A marca NBA não tem rejeição no Brasil. Assim, por si só, a liga já é consumida. Isso é bem diferente dos outros esportes. É improvável que você veja um torcedor do Corinthians, por exemplo, comprar uma camisa verde. Na NBA, isso nem sempre acontece. A pessoa pode ser fanática pelo Los Angeles Lakers, mas se gostou de uma mochila do Boston Celtics, acaba comprando (Nota da redação: Lakers e Celtics são rivais históricos e são os times com mais títulos da liga norte-americana de basquete). A gente vê essa pluralidade de consumo. A NBA também inaugurou o seu "parque de diversões" em Gramado (RS), que pode se tornar exemplos para outros espaços ao redor do mundo. O que podemos levar de ensinamento para outros mercados? É o maior parque da NBA no mundo todo, um espaço permanente, com mais de 4 mil metros quadrados. Abrimos há cerca de um mês, é um equipamento que acabou de sair do forno. É um projeto de longo prazo, onde vamos receber milhares de pessoas ao longo do ano. A cidade de Gramado já está preparada para isso. Como é o primeiro que fazemos no Brasil e o maior de todos no mundo, a marca tem olhado com muito carinho para a operação. Até pelo tamanho do nosso mercado, temos sido muito disruptivos, estamos trazendo muita inovação para cá. PUBLICIDADE | | |